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Presidente do TSE diz que "preço do voto" é muito caro

Para Cármen Lúcia, no debate sobre financiamento público de campanha, questão está "mal colocada" porque "há dinheiro público, e muito, no processo eleitoral"


	Carmen Lúcia: de acordo com a ministra, a eleição de 2012 - que elegeu prefeitos e vereadores -, considerada a mais barata já realizada no Brasil, custou R$ 2,41 por voto
 (Elza Fiúza/ABr)

Carmen Lúcia: de acordo com a ministra, a eleição de 2012 - que elegeu prefeitos e vereadores -, considerada a mais barata já realizada no Brasil, custou R$ 2,41 por voto (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 18h08.

Brasília - A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, pediu aos senadores que consultem a sociedade antes de ampliar o financiamento público de campanha, caso decidam por aprová-lo.

Segundo ela, no debate sobre o financiamento público de campanha, a questão está "mal colocada" porque "há dinheiro público, e muito, no processo eleitoral". A ministra participou de uma sessão do Senado destinada a tratar da reforma política e eleitoral.

De acordo com a ministra, a eleição de 2012 - que elegeu prefeitos e vereadores -, considerada a mais barata já realizada no Brasil, custou R$ 2,41 por voto. "Se somos 140 milhões de eleitores, basta multiplicar para saber o preço do voto. É muito dinheiro".

Segundo ela, esse financiamento é necessário. Mas aumentá-lo é que deve ser debatido com a sociedade. "A decisão sobre o financiamento de campanha cabe ao Senado e à Câmara, mas o povo tem que ser esclarecido sobre o assunto". Cármen Lúcia acha que a sociedade inteira precisa saber e discutir "quanto, por que e para que" são feitos os gastos.

O PT, o PCdoB, o PSB e o PDT apresentaram na Câmara projeto de decreto legislativo que prevê um plebiscito para que a população decida pelo financiamento público das campanhas e o fim do financiamento privado.

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