Brasil

Presidente do PT defende novo programa econômico-social

Projeto de Rui Falcão se alinha ao do ex-presidente Lula por foco no emprego, investimento em infraestrutura e reforma tributária


	Rui Falcão: presidente do PT cogita a publicação de uma nova carta aos brasileiros, como a de 2002, para acalmar o mercado financeiro.
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rui Falcão: presidente do PT cogita a publicação de uma nova carta aos brasileiros, como a de 2002, para acalmar o mercado financeiro. (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 08h14.

Brasília - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu nesta segunda-feira, 11, a criação de um novo programa "econômico-social" para ser lançando pelo governo, caso a presidente Dilma Rousseff mantenha o mandato, após o processo de impeachment.

"Um novo programa econômico-social, com foco no emprego, na distribuição de renda, no investimento em infraestrutura, na melhoria dos serviços públicos e na reforma tributária - eis o que o nosso governo deveria apresentar ao País, logo após o pós-impeachment, ou seja, depois de vencermos o golpe em andamento no Congresso", diz Falcão, em artigo publicado na página do partido na internet.

O posicionamento de Falcão é igual ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para este, a crise econômica é o principal motivo dos problemas enfrentados pelo governo no Congresso. Falcão defendeu ainda a retomada do "debate sobre a reforma política".

O foco de possíveis mudanças na economia pós-impeachment deverá ser a classe média e classe média baixa.

Para isso, o ex-presidente quer retomar a ideia de "dinamizar a economia" com a facilitação da liberação de crédito. Inicialmente, líderes da legenda defendiam mexer com um terço das reservas internacionais.

Nas conversas da última semana, Lula avança nesta proposta e tem defendido o uso de dois terços.

As mudanças defendidas por ele tem tido, contudo, resistência do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que afirma acreditar que o uso das reservas pode passar uma imagem ruim para os investidores estrangeiros.

Apesar de possíveis relutâncias no do Palácio do Planalto, o sentimento é de que, se não houver uma guinada conduzida por Lula, ele e a agremiação vai "sangrar" até a próxima eleição de 2018, podendo não ter forças para manter o projeto de poder em curso desde 2001.

No comunicado, o presidente nacional do PT também trata da possibilidade da divulgação de uma nova carta aos brasileiros como a que foi publicada pelo ex-presidente em 2002, para tentar acalmar o mercado financeiro, contrário à candidatura presidencial do partido.

Ele também convoca a militância para se manter mobilizada nos dias que antecedem a votação do impeachment no plenário da Câmara. "Esta é uma semana decisiva, com inúmeras manifestações já programadas." Falcão citou em seguida a manifestação de ontem no Rio e " jornadas do dia 15" no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaInvestimentos de governoLuiz Inácio Lula da SilvaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022