A presidente Dilma Rousseff durante encontro com o seu colega equatoriano Rafael Correa (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2014 às 21h54.
Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, destacou nesta terça-feira a reeleição de Dilma Rousseff e disse que a presidente "deveria ter ganhando por dez a um", mas teve que lutar contra os poderes "fáticos".
Em um encontro com a imprensa em Guayaquil, Correa comentou que a governante não só teve que enfrentar a oposição política, mas também os meios de comunicação e "a articulação nacional e internacional dos grupos de poder fáticos que sempre dominaram o Brasil".
Dilma venceu no último domingo o segundo turno das eleições presidenciais com 51,64% dos votos válidos, contra 48,36% do candidato do PSDB, Aécio Neves.
O governante equatoriano lembrou que Dilma teve que enfrentar "desde muito antes das eleições" uma "campanha sistemática de desgaste", e lembrou os protestos, "o aquecimento das ruas e a violência" que se viveram nas ruas do Brasil durante meses prévios ao pleito.
Mas ressaltou que "o Brasil jamais esteve tão bem" como durante os últimos 12 anos.
Correa considerou que a vitória de Dilma é algo "muito positivo para o Brasil, para a região e para o Equador" e antecipou que manterá a "proximidade" e a cooperação com o governo brasileiro, com o qual existe uma "grande relação".
Além disso, destacou a coincidência ideológica e a "amizade muito profunda" que tem com Dilma, com quem falou na segunda-feira passada sobre os resultados das eleições e sobre outros temas.