Luiz Inácio Lula da Silva: Embora o histórico ambiental de Lula não seja impecável, ativistas dizem que não há comparação entre ele e Bolsonaro (Gustavo Minas/Bloomberg/Getty Images)
AFP
Publicado em 1 de novembro de 2022 às 14h51.
O Egito convidou para a cúpula do clima, a COP27, que será aberta esta semana, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de ainda ter quase dois meses para que tome posse e substitua Jair Bolsonaro (PL), um cético em relação às mudanças climáticas.
"Convido você a vir ao Egito para participar da cúpula climática global COP27 em Sharm el-Sheikh", disse o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, segundo o porta-voz presidencial na segunda-feira.
Al-Sissi espera que o Brasil desempenhe um papel "positivo e construtivo" na cúpula, acrescentou.
Um porta-voz de Lula informou à AFP que o líder de esquerda "está considerando ir, mas ainda não tomou a decisão".
Mais de 90 chefes de Estado e de governo comparecerão ao encontro climático no resort egípcio de Sharm el-Sheij entre 6 e 18 de novembro.
Cientistas do clima e ambientalistas reiteraram a enorme importância dos resultados das eleições no Brasil, onde fica a maior parte da floresta amazônica.
Bolsonaro se tornou uma figura detestada pelos defensores do meio ambiente por seu apoio às atividades madeireiras e mineradoras em áreas protegidas da maior floresta tropical do planeta.
Durante seu governo, a extração de madeira e os incêndios florestais cresceram exponencialmente e a floresta amazônica começou a liberar mais carbono do que absorve, mostram pesquisas.
Embora o histórico ambiental de Lula não seja impecável, ativistas dizem que não há comparação entre ele e Bolsonaro.
Lula — que foi presidente entre 2003 e 2011 - disse após sua vitória no domingo que durante seu novo mandato, que começará em 1º de janeiro de 2023, ele se esforçará para alcançar o "desmatamento zero".
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