Brasil

Presidente da CCJ lamenta decisão do PSDB de destituir Bonifácio

Rodrigo Pacheco disse respeitar a decisão do partido, mas que não cabe a ele a decisão de encontrar uma vaga para Bonifácio em outra bancada

Pacheco: "O deputado Bonifácio é efetivamente muito bom para essa missão" (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

Pacheco: "O deputado Bonifácio é efetivamente muito bom para essa missão" (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 17h01.

Brasília - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), lamentou a decisão do PSDB de destituir Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) da suplência do colegiado.

"Lamento que de todo o cenário político, de todas as pessoas que têm opinião, somente o deputado Ricardo Tripoli (líder do PSDB na Câmara) não entenda que o deputado Bonifácio é efetivamente muito bom para essa missão", declarou à reportagem.

Pacheco disse respeitar a decisão do partido, mas que não cabe a ele a decisão de encontrar uma vaga para Bonifácio em outra bancada.

Sem que outro partido aliado ceda a vaga, Bonifácio estará automaticamente fora da relatoria. "Imagino que ele (Pacheco) tenha uma saída", disse Tripoli hoje.

"A escolha do deputado federal Bonifácio de Andrada teve critérios próprios e já amplamente divulgados, sem motivação partidária. Portanto, ele permanecerá relator caso se mantenha na CCJ pelo PSDB ou qualquer outro partido", enfatizou o peemedebista em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, 5.

Tripoli anunciou nesta manhã que ninguém será indicado para a vaga de suplência de Bonifácio na CCJ "para não haver constrangimentos". "Em função da importância do trabalho do deputado, ele Pacheco cederia uma vaga de seu partido, por exemplo", sugeriu o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).

A decisão foi tomada em reunião nesta manhã entre Tasso, Tripoli e Bonifácio. Numa entrevista coletiva marcada pelo constrangimento, Bonifácio disse que se manteria na relatoria e que não se licenciaria do partido, como foi aventado ontem.

Os dirigentes admitiram que a situação não era a ideal no atual cenário de um partido dividido, mas disseram que Bonifácio concordou com a solução. "Nós liberamos ele, mas na vaga de outro partido que tem consenso", disse Tasso.

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerMichel TemerPartidos políticosPGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022