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Presidente da Câmara diz que invasão da Casa foi um "abuso"

Para Henrique Alves, o gesto, em vez de facilitar a aprovação, acabou criando um ambiente para rejeição da proposta da PEC 300


	Manifestantes a favor da PEC 300: ontem, após líderes do movimento terem sido recebidos pelo presidente da Câmara, dezenas de policiais de vários estados invadiram o plenário em meio à sessão
 (José Cruz/ABr)

Manifestantes a favor da PEC 300: ontem, após líderes do movimento terem sido recebidos pelo presidente da Câmara, dezenas de policiais de vários estados invadiram o plenário em meio à sessão (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 12h28.

Brasília - O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), considerou hoje (21) “um abuso” a invasão ao plenário da Casa ocorrida ontem (20), iniciada pelos manifestantes favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que cria o piso nacional para policiais militares, bombeiros e policiais civis do país.

Para Henrique Alves, o gesto, em vez de facilitar a aprovação, acaba criando um ambiente para rejeição da proposta.

“É natural que as pessoas venham reivindicar, pleitear, mas de forma respeitosa, de acordo com as regras da Casa, para que ela possa ser democrática e dar direito às manifestações. Mas, na hora que se invade o plenário, se torna um abuso, um desrespeito, e não ajuda em nada. Em vez de construir uma boa vontade, esse tipo de comportamento constrói uma rejeição”, disse o peemedebista.

Ontem, dezenas de policiais de vários estados tomaram o Salão Verde da Câmara para pressionar os deputados a votarem o segundo turno da PEC 300. Posteriormente, mesmo depois de os líderes do movimentos terem sido recebidos pelo presidente da Câmara, os manifestantes invadiram o plenário em meio à sessão.

Henrique Alves disse que vai criar um grupo de trabalho para discutir a proposta com representantes do governo federal e dos estados. A ideia, segundo ele, é que até o dia 16 de setembro seja negociado um texto que viabilize a aprovação da proposta.

“Não adianta só o discurso e na hora [de votar] não se consegue aprovar. [A criação do grupo de trabalho] é um ato de responsabilidade, para construir um acordo, conversar com o governo, com os governadores, para que se possa construir um texto que esta Casa possa aprovar, e não apenas um discurso demagógico que não tem consequência”, disse Alves.

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