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Presidência do Senado já teve cédula a mais na urna e acusação de fraude; relembre

Em 2019, foram encontrados 82 votos na urna, embora sejam apenas 81 senadores na Casa

Plenário do Senado: eleição para presidência será em 1º de fevereiro (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Plenário do Senado: eleição para presidência será em 1º de fevereiro (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

AO

Agência O Globo

Publicado em 1 de fevereiro de 2023 às 08h35.

Nesta quarta-feira, após a posse dos novos deputados e senadores, as Casas legislativas elegem os presidentes para os próximos dois anos. No entanto, as duas eleições não são iguais. Uma das principais diferenças é que, enquanto a Câmara utiliza um modelo eletrônico de votação, no Senado Federal o sistema é com o voto impresso.

O uso das cédulas em papel foi inclusive motivo de confusão durante o pleito de 2019, quando ao fim da votação foram encontrados 82 votos na urna – embora sejam apenas 81 senadores. O fato foi considerado um “equívoco” pelo senador que presidia a sessão na época, José Maranhão, mas gerou acusações de “fraude” por outros parlamentares, como Sérgio Petecão, Esperidião Amin e Simone Tebet.

— Não sei se foi a Mesa. Pelo princípio da boa-fé, eu estou querendo acreditar que não foi erro da Mesa, que foi um erro informal. Mas, com certeza, o senador ali estava querendo fraudar. É lamentável. E os dois votos eram para a mesma pessoa. É lamentável — disse a atual ministra do Planejamento na época.

A eleição foi cancelada e realizada novamente no dia seguinte, quando rendeu ao senador Davi Alcolumbre o cargo de presidente da Casa.

Eleições desta quarta-feira

Nesta quarta-feira, no Senado, o presidente atual, Rodrigo Pacheco, desponta como o principal nome. Seu partido, o PSD, é a segunda maior bancada da Casa, e o parlamentar conta ainda com o apoio do PT e outras legendas da base do governo.

No entanto, a vitória não é garantida. O PL, maior sigla do Senado, lançou o ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro, Rogério Marinho (PL-RN). O nome tem crescido como uma reação à candidatura de Pacheco, e conta com o apoio do PP e do Republicanos.

Aliados contam com traições de parlamentares de partidos que apoiam o atual presidente para conseguir alcançar o mínimo de 41 senadores para eleger Marinho. Na disputa, há ainda Eduardo Girão (Podemos-CE), que já sinalizou apoio ao ex-ministro de Bolsonaro em eventual segundo turno.

Na Câmara, o nome favorito é o do atual presidente Arthur Lira. Com o apoio de 20 legendas, que vão desde o PL, de Jair Bolsonaro, até o PT, de Lula, Lira garante, em tese, o voto de quase 500 dos 513 parlamentares.

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