Fachin: embora seja desembargadora, a mulher do ministro do Supremo - assim como suas filhas e netos - não era acompanhada por escolta (Antônio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de março de 2018 às 09h28.
Brasília - A ausência de segurança institucional para acompanhar a desembargadora Rosana Amara Girardi Fachin, do Tribunal de Justiça do Paraná, era a maior preocupação do ministro Edson Fachin.
A magistrada é mulher do relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, com quem tem duas filhas e dois netos.
Em nota divulgada na terça-feira, 27, a ministra Cármen Lúcia informou que determinou providências e autorizou que a segurança de Fachin em Curitiba também possa acompanhar seus familiares, determinando o aumento do efetivo de seguranças na equipe em atuação na capital paranaense.
Embora seja desembargadora, a mulher do ministro do Supremo - assim como suas filhas e netos - não era acompanhada por escolta.
Em entrevista exibida na noite de terça na GloboNews, Fachin manifestou preocupação com a segurança de familiares. "Uma das preocupações que tenho não é só com julgamentos, mas também com segurança de membros de minha família."
Além de ameaças sugeridas, o ministro vinha demonstrando desconforto com mensagens ofensivas recebidas por e-mail, que aumentaram após ele assumir a relatoria da Operação Lava Jato na Corte, em fevereiro do ano passado, depois da morte, em um acidente aéreo, do colega Teori Zavascki.
Com a repercussão sobre as ameaças contra Fachin, o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, ligou para o ministro na terça e colocou a instituição à disposição do magistrado.
A reportagem que, na conversa com Galloro, Fachin afirmou que, no momento, não será necessária a abertura de uma investigação e que Cármen Lúcia já providenciou as melhorias necessárias para garantir a segurança da família do ministro.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.