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Escolas de samba do Rio poderão ter 50% dos recursos cortados

A diferença seria transferida para aumentar o repasse de manutenção de creches conveniadas com o município, que atendem cerca de 15 mil alunos

Escolas de samba: as escolas receberam cerca de R$ 24 mi para os desfiles de 2017 (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Escolas de samba: as escolas receberam cerca de R$ 24 mi para os desfiles de 2017 (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de junho de 2017 às 18h27.

A prefeitura do Rio quer cortar pela metade os recursos da subvenção destinada às escolas de samba do grupo especial.

A diferença seria transferida para aumentar o repasse de manutenção de creches conveniadas com o município.

Atualmente, cerca de 15 mil alunos são atendidos em 158 unidades.

Os estudos iniciados pelo prefeito Marcelo Crivella indicam que a diária que as instituições recebem por criança deve ser dobrada a partir de agosto. Hoje o valor é de R$ 10.

De acordo com a prefeitura, as agremiações receberam cerca de R$ 24 milhões para os desfiles de 2017, e, agora, 50% do valor serão revertidos para melhorar a alimentação e o material escolar das crianças.

O prefeito disse que o valor atual é muito baixo e por isso precisa ser revisto. "O valor que é pago hoje é muito pouco até mesmo para comprar um iogurte. O que estamos fazendo é refletir como gastar melhor. Se vamos usar esses recursos para uma festa de três dias [Carnaval] ou ao longo de 365 dias ao ano", disse Crivella.

A prefeitura, no entanto, negou que as escolas do grupo especial serão prejudicadas.

Conforme o planejamento da administração do município, o carnaval do Rio vai receber novos investimentos no Sambódromo, em 2018.

A Avenida Marquês de Sapucaí, conhecida como a Passarela do Samba, passará por obras de infraestrutura, com a previsão de modernização dos sistemas de luz e som, além da instalação de telões por toda a extensão.

A prefeitura garantiu ainda que o remanejamento não significa que as escolas de samba ficarão sem recursos. A ideia é fazer os investimentos diretamente nas agremiações por meio do Conselho de Turismo com a utilização de um fundo setorial ou por cadernos de encargos.

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) informou, que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre a decisão do prefeito.

Estava prevista para esta segunda-feira uma reunião de Crivella com a direção da Liesa, mas por questões de agenda do prefeito, o encontro foi cancelado, segundo a entidade, na semana passada.

A liga não foi informada se haverá uma nova data para a reunião. A prefeitura confirmou que não há previsão de quando deverá ocorrer o encontro.

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