Rio de Janeiro: a subsecretária municipal de transportes, Kelly Serra, que representou o prefeito Marcelo Crivella, disse que o governo não é um governo religioso, mas sim que cuida das pessoas (Pedro Pardo/AFP/AFP)
Agência Brasil
Publicado em 24 de março de 2017 às 15h28.
A prefeitura do Rio de Janeiro, através da Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual, comemorou hoje (24) o Dia Nacional do Orgulho LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.
Durante o encontro, o coordenador do movimento, Nélio Giogini, destacou que celebrar a data é exaltar a diversidade.
"Serve para reforçar a diversidade, essa brasilidade que só o nosso país tem. Além, é claro, da representatividade de sabermos que temos um dia nosso. Ações como essas são importantes. E convocamos militantes, secretários municipais e a imprensa para prestarmos contas do que temos feito. No carnaval, entregamos kits de conscientização e proteção sexual, como camisinhas, e reforçamos a nossa cultura através das marchinhas de engrandecimento ao público LGBT" disse.
Giogini afirmou, ainda, que "estamos conversando com empresas para realizarmos uma feira de empregabilidade LGBT. É extremamente necessário que isso seja feito, pois a gente ainda enfrenta muita resistência no mercado de trabalho. São ações como essas que iniciam a mudança para um futuro melhor da população LGBT", explicou.
A subsecretária municipal de transportes, Kelly Serra, que representou o prefeito Marcelo Crivella, disse que o governo não é um governo religioso, mas sim que cuida das pessoas.
Segundo ela, a prefeitura sempre estará prestando todo apoio à causa.
"As pessoas não podem ser qualificadas pelo seu gênero. Cuidamos de todos como um todo. Observamos também o caso da doutora Maria Eduarda, que teve o reconhecimento de seu nome social pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) concedido nos últimos dias. Essa é uma vitória dela e de todos nós, pois o respeito tem que prevalecer", disse.
A advogada Maria Eduarda Aguiar, citada pela subsecretária, relatou que era constrangedor ter o reconhecimento apenas de seu nome civil, pois não correspondia a identidade dela.
Maria Eduarda também classificou como uma grande vitória e pediu para que o exemplo dela sirva para outras pessoas.
"A OAB é muito representativa, então, a partir do momento em que ela toma a ponta desse tipo de atitude, ela legitima e dá um recado para a sociedade."
O vice-presidente da Comissão de Direitos Homoafetivos da OAB-RJ, Henrique Rabello de Carvalho, classificou como histórica a conquista da advogada.
"É um marco histórico na efetivação da defesa da diversidade sexual, sobretudo, porque a OAB parte de maneira pioneira na promoção disso. Respeitar a identidade de gênero e a diversidade sexual é uma necessidade e não uma opção.