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Prefeitura de SP recorre à Justiça para garantir combustível

Segundo a prefeitura, empresas do sistema municipal de transporte estão com baixo estoque de diesel por causa da greve dos caminhoneiros

Transporte: Prefeitura de São Paulo entrou hoje (24) na Justiça para tentar garantir o abastecimento de combustível para os ônibus da frota municipal (Chico Ferreira/Reuters)

Transporte: Prefeitura de São Paulo entrou hoje (24) na Justiça para tentar garantir o abastecimento de combustível para os ônibus da frota municipal (Chico Ferreira/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de maio de 2018 às 13h43.

A Prefeitura de São Paulo entrou hoje (24) na Justiça para tentar garantir o abastecimento de combustível para os ônibus da frota municipal e os caminhões que fazem a coleta de lixo na cidade.

Segundo a prefeitura, as empresas do sistema municipal de transporte estão com baixo estoque de óleo diesel por causa da greve dos caminhoneiros, o que fez a São Paulo Transportes (SPTrans) reduzir em até 40% o número de ônibus circulando nos horários de entrepico. A medida, segundo a SPTrans, foi necessária para garantir que a frota possa funcionar também no final do dia e à noite.

No pedido à Justiça, a prefeitura pede a imediata cessação dos atos de protesto que impeçam a "saída dos veículos destinados ao abastecimento da frota de ônibus do transporte público" de São Paulo e a saída dos veículos destinados ao abastecimento da frota envolvida em serviços essenciais na cidade, como os de limpeza urbana e as ambulâncias do SAMU.

A prefeitura pede a fixação de multa diária de R$ 1 milhão no caso de descumprimento.

Serviços

No início da manhã, as empresas de ônibus paulistanas conseguiram circular com até 97% da frota programada, porque conseguiram abastecer os veículos por meios alternativos ou fizeram uso do estoque que ainda dispunham. Já a frota do trólebus está funcionando normalmente.

Em uma negociação entre a prefeitura e o governo estadual, que é responsável pela operação do Metrô e os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a Secretaria Estadual de Transportes informou que o Metrô e a CPTM vão manter 100% de suas frotas em operação no período de entrepico, o que não ocorre normalmente. O objetivo é compensar a ausência de parte da frota de ônibus.

Por causa da greve dos caminhoneiros, o rodízio de veículos foi suspenso nesta quinta-feira. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes determinou que a SPTrans e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) reforcem as equipes de rua para orientar os passageiros e motoristas sobre as mudanças.

Quanto ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a prefeitura informou que todas as ambulâncias operacionais foram abastecidas na noite de ontem e na manhã de hoje, e que foi feita uma reserva de combustível para o abastecimento de veículos reservas e para suprir possível falta. Por enquanto, o serviço funciona normalmente.

A coleta de lixo ainda não foi afetada, mas a prefeitura informou que, caso a greve persista, o serviço pode ficar comprometido a partir de amanhã (25).

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