(ozgurdonmaz/Getty Images)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 13 de outubro de 2020 às 14h28.
Última atualização em 14 de outubro de 2020 às 14h30.
A equipe da Secretaria da Saúde da cidade de São Paulo fez um alerta nesta segunda-feira, 13, para a ocorrência da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica em crianças infectadas com o coronavírus. Apesar de rara, ela é extremamente mortal e há 20 casos em investigação na capital paulista, sendo dois óbitos. Em todo o Brasil já são pelo menos 197 casos.
Embora se caracterize por sintomas diversos, a síndrome está frequentemente associada à febre persistente, acompanhada de pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas e vômitos, entre outros. Em alguns casos, o paciente pode desenvolver também sintomas respiratórios e disfunção cardíaca. Além disso, há sempre uma marcante atividade anti-inflamatória do organismo.
Os primeiros casos da nova síndrome começaram a ser registrados na Europa em abril deste ano. Os relatos logo se multiplicaram, motivando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir um alerta para chamar a atenção de pediatras de todo o mundo.
Um inquérito sorológico realizado pela prefeitura mostra que 16% das crianças da cidade de São Paulo já foram infectadas pelo coronavírus, o que dá um valor aproximado de 236 mil na faixa de 4 a 14 anos. A testagem foi feita em cerca de 10.000 alunos da rede pública e privada de ensino entre os meses de agosto e setembro.
A prefeitura também vai realizar um censo sorológico em que vai testar todos os 772 mil alunos e professores da rede municipal de ensino para decidir sobre o retorno das atividades presenciais no dia 3 de novembro. A divulgação desta grande testagem e da data de volta será feita no dia 22 de outubro.
Paralelamente a estas duas testagens, a capital paulista ainda faz uma outra em que quer identificar o tamanho da pandemia de covid-19 na cidade de São Paulo. Nesta segunda-feira foi divulgada a penúltima fase de testes - de um total de nove - que mostrou uma prevalência de 13,6% entre adultos. Ou seja, significa que pouco mais de 1,6 milhão de pessoas já tiveram a doença.
(Com Agência Brasil)