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Prefeitura começa trabalho de demolição de viaduto em BH

Previsão é que o trabalho termine em até 48 horas, desde que o monitoramento de segurança não indique a necessidade de sua parada

A demolição do Viaduto Guararapes vai preservar um trecho da obra para os trabalhos da perícia (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A demolição do Viaduto Guararapes vai preservar um trecho da obra para os trabalhos da perícia (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 13h26.

Belo Horizonte - Os trabalhos de demolição do Viaduto Guararapes, que caiu na última quinta-feira (3) em Belo Horizonte, tiveram início por volta das 9h30 de hoje (7). A previsão é que o trabalho termine em até 48 horas, desde que o monitoramento de segurança não indique a necessidade de sua parada, segundo informou Alexandre Lucas Alves, coordenador municipal da Defesa Civil de Belo Horizonte. A demolição, autorizada pela Justiça, vai preservar uma parte da obra para os trabalhos de perícia.

Em entrevista na manhã de hoje (7) à Agência Brasil, no local onde está ocorrendo a demolição, o coordenador informou que os trabalhos de demolição estão levando em conta a segurança das operações, dos vizinhos e dos trabalhadores.

“Os dois viadutos [do complexo viário em construção, um dos quais desabou] estão sendo monitorados de meia em meia hora, para ver se houve algum movimento. Nossa preocupação não é com o tempo, mas com a segurança e a garantia da produção de provas que a perícia criminal precisa”, falou ele.

A técnica escolhida pelos especialistas para a demolição utiliza o rompedor hidráulico, também conhecido como martelo hidráulico ou picão, que vai perfurando o concreto.

Segundo Alves, os moradores do entorno estão tendo a segurança preservada. “Sempre é uma operação de risco. Mas é um risco monitorado. Por isso, estamos com equipes da Defesa Civil dentro dos prédios, monitorando em tempo real as consequências do trabalho de demolição nessas edificações para que, caso haja alguma deformidade ou necessidade, nós interrompamos as operações para garantir a segurança”, explicou.

O Viaduto Guararapes estava sendo construído sobre a Avenida Pedro I, uma das principais vias de ligação com o Aeroporto Internacional de Confins e também com o Estádio Mineirão, local onde o Brasil enfrenta a Alemanha amanhã (8) às 17h pelas semifinais da Copa do Mundo. Por causa do acidente, que obstruiu a avenida, e também para evitar problemas de mobilidade urbana na chegada ao local do jogo, a prefeitura de Belo Horizonte decretou feriado na capital para esta terça-feira.

De acordo com Alves, como os trabalhos têm previsão de término em até 48 horas e não serão acelerados em função da partida no Mineirão. “Não estamos preocupados com o jogo da Copa do Mundo. Estamos preocupados com a segurança dos trabalhos de operação e a garantia da prova da perícia”, falou.

O acidente aconteceu por volta das 15h de quinta-feira. O viaduto em obras despencou e atingiu um micro-ônibus, um carro e dois caminhões. Duas pessoas morreram e 23 pessoas ficaram feridas no acidente, de acordo com o número definitivo de vítimas divulgado pela prefeitura.

Alves disse à Agência Brasil que, no acidente, nenhum prédio próximo ao viaduto foi abalado. “Vistoriamos os prédios vizinhos e nenhum apartamento apresentou danos. Estamos em contato permanente com uma comissão de moradores”, falou ele.

Inicialmente prevista para ser entregue em junho, a obra estava em fase de acabamento, com previsão de ser concluída no final deste mês. As obras do sistema BRT (sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus) em Belo Horizonte, estão sendo executadas pela Cowan, incluindo a do viaduto acidentado. Em nota, a construtora garantiu que todos os procedimentos e material usado passaram pelos testes obrigatórios sem apresentarem qualquer problema, atendendo a todas as normas vigentes.

Previsto para ser entregue em junho, o Viaduto Guararapes estava em fase de acabamento e deveria ser concluído no fim deste mês. No início de fevereiro, outro viaduto do mesmo complexo viário, o Montesi, teve que ser interditado devido a um problema estrutural – parte da construção se deslocou lateralmente, cerca de 30 centímetros, em relação à estrutura. Após o desabamento, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura anunciou que todos os viadutos que fazem parte do sistema BRT passarão por inspeções.

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