Haddad: ele ainda não definiu se medidas propostas pelos movimentos estudantis serão adotadas (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 16h16.
São Paulo - Após se reunir com representantes de entidades estudantis para discutir a ampliação da gratuidade no transporte público, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que, a atual gestão tem "demonstrado caminhar nessa direção, dentro das possibilidades".
Ao todo, a carta entregue à Prefeitura conta com dez reivindicações, entre elas a ampliação do passe livre para alunos da rede privada, incluindo universitários.
Haddad ainda não definiu se as medidas propostas pelos movimentos estudantis serão adotadas, mas anunciou a criação de uma comissão para analisar cada uma das sugestões.
O prefeito disse, ainda, que tem "simpatia" pela pauta de reivindicação, mas que é preciso "estimar quanto do orçamento seria comprometido".
"(Precisamos estimar) se é possível atender com esse orçamento ou com o orçamento do ano que vem, se é preciso fonte adicional de recurso...", explicou.
Na visão de Haddad, contudo, a medida já anunciada pela administração municipal, com passe livre para alguns usuários, é a que teria maior impacto, entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões - segundo afirma.
Atualmente, a Prefeitura concede gratuidade para estudantes de escola pública, beneficiados do Prouni e Fies, além de universitários com renda familiar de até 1,5 salário mínimo.
Entre as entidades que se reuniram com o prefeito, estão a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Estadual dos Estudantes (UEE), que apoiaram o ato do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa de ônibus para R$ 3,50, ocorrido na semana passada.
Questionado sobre os protestos, Haddad disse que "mantém diálogo com várias forças políticas da cidade" e que tem explicado as medidas adotadas pela Prefeitura.
Ampliação
Além de estender o benefício do passe livre estudantil para a rede privada, as propostas em análise incluem também suspender a regra que restringe o passe livre a estudantes que moram a até um quilômetro da escola e aumentar para 31 cotas de viagens por mês - pelas regras da Prefeitura, são 28 cotas.
Mas os alunos querem que o passe livre seja irrestrito para estudantes.
As propostas estudantis também serão encaminhadas para o governo do estado, responsável pelo gerenciamento do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).