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Prefeitura afirma que dívida da USP trava convênio com HU

Convênio era a principal aposta da reitoria da instituição para recompor o quadro de servidores e retomar os atendimentos

Hospital Universitário da USP: alunos de Medicina já estão há oito dias em greve contra a redução de atendimentos na unidade (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

Hospital Universitário da USP: alunos de Medicina já estão há oito dias em greve contra a redução de atendimentos na unidade (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 08h38.

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo informou que a Universidade de São Paulo (USP) está inadimplente com o município, o que irá inviabilizar a contratação de médicos para o Hospital Universitário (HU).

O convênio era a principal aposta da reitoria da instituição para recompor o quadro de servidores e retomar os atendimentos. Ontem, a unidade fechou o pronto-socorro infantil.

Procurada, a universidade não se posicionou sobre a suspensão dos atendimentos ou sobre a assinatura do convênio. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foi verificado ontem que a USP está inscrita no Cadastro Informativo Municipal (Cadim), o que impede novos repasses pelo Município, como a contratação de médicos para atuar no pronto-socorro do HU.

O promotor Artur Pinto Filho diz que vai agendar nova reunião para os próximos dias em busca de uma solução para o HU. "É a única unidade da região que oferece atendimento médico dessa complexidade. A população não pode ficar desassistida", afirma.

Lavínio Camarim, presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremesp), diz que a entidade planeja uma fiscalização no HU, já que há uma preocupação com as condições de trabalho e atendimento à população.

"A proposta mais concreta que havia para amenizar a situação foi inviabilizada. Estamos preocupados e com receio do fechamento de outras especialidades médicas."

Alunos de Medicina já estão há oito dias em greve contra a redução de atendimentos na unidade. "A situação vem se agravando. Nem reitoria nem a superintendência do HU respondem aos questionamentos do Cremesp. Não é a atitude esperada de quem ocupa cargos públicos dessa monta", critica Camarim. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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