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Prefeitos sobre Meirelles: parece candidato a líder da Febraban

Prefeitos insatisfeitos com a decisão da Caixa de suspender empréstimos a governos e prefeituras reclamaram de Meirelles a Rodrigo Maia

Henrique Meirelles: popularidade do ministro da Fazenda está em baixa entre prefeitos (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Henrique Meirelles: popularidade do ministro da Fazenda está em baixa entre prefeitos (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 14h43.

Brasília - Ainda sem ter anunciado a decisão sobre se será ou não pré-candidato à Presidência da República, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, parece já ter perdido palanque em alguns municípios - Palmas, no Tocantins, por exemplo.

Prefeitos insatisfeitos com a decisão da Caixa Econômica Federal de suspender empréstimos a governos estaduais e prefeituras reclamaram de Meirelles ao também possível candidato à Presidência, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"A gente vê a atitude do ministro Meirelles. Não parece que ele é possível candidato à Presidência da República, mas parece pré-candidato à presidência da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Ele só atende ao interesse dos grandes bancos particulares em detrimento da Caixa que faz uma operação superavitária e que a gente precisa mais do que nunca", reclamou o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos e prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), após reunião com Maia.

Reclamação feita, Rodrigo Maia prometeu aos prefeitos tratar do tema diretamente com o presidente da República, Michel Temer, em reunião ainda nesta quarta-feira.

"Para que o presidente entenda o que aconteceu e que não existe nenhum motivo para isso", disse Amastha que foi acompanhado de outros prefeitos. "Não é possível que processos de financiamentos já aprovados sejam suspensos por uma mudança de regra".

Questionado sobre o eventual impacto negativo dessas medidas que prejudicaram prefeitos em eventual candidatura Meirelles, o prefeito de Palmas foi direto.

"É indiscutível. É impossível se fazer política sem olhar também para os aspectos sociais e econômicos do desenvolvimento do País", disse.

Amastha reconhece que a situação fiscal do Brasil requer medidas e afirmou que concorda com a mudança de regra de avaliação da capacidade de pagamento dos municípios adotada pelo Tesouro Nacional. "Concordamos, mas exigimos uma regra de transição", pediu.

"Mas pior ainda é o que aconteceu com a Caixa. Não estamos falando em receber dinheiro a fundo perdido. Estamos falando em empréstimos que têm garantia e que têm o compromisso com os pagamentos", disse. "A decisão de suspender empréstimos da Caixa demonstra total falta de sensibilidade das autoridades políticas do País."

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