Militantes do PT comemoram vitória de Dilma em Brasília: o diretório fala até em entrar na Justiça pedindo o cargo Takahashi (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2014 às 12h21.
São Paulo - Um prefeito do interior de São Paulo foi expulso do PT por votação da executiva do diretório municipal do partido. Mituo Takahashi, de Barrinha (SP), é acusado de ter apoiado candidatos de outras siglas durante a eleição passada.
O maior problema foi ter participado de eventos do PSDB e cedido sua imagem para panfletos entre dois candidatos tucanos da região.
Sem contar a expulsão, o diretório fala até em entrar na Justiça pedindo o cargo Takahashi, conhecido na cidade como "Katiá".
O prefeito foi julgado internamente pelo PT no mês passado sob a acusação de infidelidade partidária, pois teria feito campanha para candidatos que são de partidos que não estavam inseridos nas coligações petistas.
O diretório considerou falta grave a imagem do prefeito em panfletos de candidatos a deputado pelo PSDB e a Comissão de Ética do partido votou pela expulsão, sendo a proposta aceita pelo diretório local.
A decisão seguiu agora para o diretório estadual, que poderá confirmar a medida, uma vez que Katiá não apresentou defesa e o prazo já se esgotou.
Uma definição por parte do diretório estadual deve sair até o final desta semana e depois também será encaminhada para análise da direção nacional.
Em Barrinha, o PT local aguarda esse trâmite para acionar a Justiça Eleitoral pois, para o secretário-geral Alcides Ignácio de Barros Filho, o prefeito traiu o partido e o cargo deve ser reivindicado de volta.
Silêncio. A principal prova contra o prefeito é um panfleto em que ele aparece entre os candidatos a deputado estadual Roberto Engler (PSDB) e a deputado federal Duarte Nogueira (PSDB).
Ambos foram reeleitos, sendo que este último também é o presidente estadual do PSDB de São Paulo.
Tanto o prefeito, quanto os dois deputados, já disseram que não vão se manifestar a respeito. Katiá ganhou destaque no início deste ano após pintar os prédios públicos de Barrinha de vermelho, a cor do PT.
Ele acabou obrigado pelo Ministério Público a repintar tudo em outras cores.