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Prefeito de SP sanciona lei que dá nome de Bruno Covas ao Parque Augusta

A alteração do nome foi criticada por parte dos ativistas ligados à criação do parque, que considera o local como uma conquista coletiva após décadas

Os custos do Parque Augusta foram de cerca de R$ 11 milhões. A entrega das obras foi adiada em 2020 e ao longo de 2021 (Divulgação/Divulgação)

Os custos do Parque Augusta foram de cerca de R$ 11 milhões. A entrega das obras foi adiada em 2020 e ao longo de 2021 (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de setembro de 2021 às 13h08.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou o nome de Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas para o espaço a ser inaugurado em outubro no centro expandido da cidade. A mudança entrou em vigor nesta quinta-feira, 16, com a publicação no Diário Oficial.

A homenagem ao ex-prefeito foi apresentada inicialmente pelo vereador Rodrigo Goulart (PSD), cujo projeto de lei se tornou de autoria coletiva com a adesão de outros 38 vereadores de 15 diferentes partidos (PSD, DEM, PT, Republicanos, PSDB, PSB, Novo Podemos, MDB, Solidariedade, PP, PSC, PL, PV e PTB).

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A proposta foi aprovada na Câmara em 25 de agosto. A alteração foi criticada por parte dos ativistas ligados à criação do parque, que considera o local como uma conquista coletiva após décadas.

O termo de transferência de posse dos terrenos que formam o parque foi assinado na gestão de Covas na Prefeitura, na qual as obras também foram iniciadas. A previsão de entrega é para 25 de setembro, com inauguração para outubro, em data ainda a ser anunciada pela Prefeitura.

Os autores da proposta de novo nome são: Rodrigo Goulart (PSD), Adilson Amadeu (DEM), Alessandro Guedes (PT), Alfredinho (PT), Antonio Donato (PT), Arselino Tatto (PT), Atílio Francisco (Republicanos), Aurélio Nomura (PSDB), Camilo Cristófaro (PSB), Carlos Bezerra Jr. (PSDB), Cris Monteiro (Novo), Danilo do Posto de Saúde (Podemos), Delegado Palumbo (MDB), Dr. Sidney Cruz (Solidariedade), Edir Sales (PSD), Ely Teruel (Podemos), Fabio Riva (PSDB), Faria de Sá (PP), Felipe Becari (PSD), Fernando Holiday (Novo), George Hato (MDB), Gilberto Nascimento (PSC), Gilson Barreto (PSDB), Isac Felix (PL), Jair Tatto (PT), Marcelo Messias (MDB), Milton Ferreira (Podemos), Milton Leite (DEM), Paulo Frange (PTB), Renata Falzoni (PV), Ricardo Teixeira (DEM), Rinaldi Digilio (PSL), Rute Costa (PSDB), Sandra Santana (PSDB), Sandra Tadeu (DEM), Sansão Pereira (Republicanos), Senival Moura (PT), Thammy Miranda (PL) e Xexéu Tripoli (PSDB).

Acordo para parque Augusta prevê troca e contrapartida de R$ 30 mi

Com cerca de 23 mil metros quadrados, o parque inclui trilhas, playground, cachorródromo, equipamentos de ginástica, redário, academia para idosos, sanitários, arquibancada e deque elevado. Com preservação determinada em lei, o bosque com árvores nativas como o cedro-rosa, está mantido.

A obra também abrange o restauro do portal da rua Caio Prado e da Casa das Araras, espaços tombados em nível municipal e, no caso do segundo, que receberá atividades educativas e culturais. O resultado tem agradado ativistas que defenderam a criação do parque, com exceções para alguns aspectos, como a arquibancada de concreto (que, até 2020, era prevista como de madeira plástica) e os bancos do mesmo material.

Os custos do Parque Augusta foram de cerca de R$ 11 milhões, de acordo com a Prefeitura, pagos pelas duas construtoras que eram proprietárias da área. Em troca, ambas ganharam créditos para erguer prédios acima do limite mínimo em outras áreas da cidade sem a necessidade de pagar taxa adicional.

A entrega das obras foi adiada em 2020 e ao longo de 2021. Entre os motivos estão a pandemia da covid-19 e a determinação de prospecção arqueológica no local.

Segundo levantamento da Prefeitura, um decreto municipal de 1973 determinou a proteção do bosque e ocupação máxima de 25% do total do terreno. Em 1989, a área foi declarada patrimônio ambiental em um novo decreto, estadual. Já em 2002, a instalação do Parque Augusta foi determinada no Plano Diretor, reconhecimento que ganhou uma lei própria um ano depois.

Após o fechamento das escolas que existiam no local, o terreno foi utilizado como estacionamento, além de abrigar atividades diversas e ter sido cogitado para empreendimentos habitacionais e comerciais. Em 2018, a Prefeitura fez um acordo com as construtoras proprietárias, após mais de 20 anos de mobilização de moradores e associações do entorno.

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