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Prefeito de Itajaí defende aplicação retal de ozônio contra covid-19

Antes do ozônio, cidade já foi convocada pela Justiça a explicar distribuição de ivermectina, que também não tem eficácia comprovada contra o vírus

Ozônio: prefeito de Itajaí defendeu o uso do gás contra o coronavírus (Facebook/Reprodução)

Ozônio: prefeito de Itajaí defendeu o uso do gás contra o coronavírus (Facebook/Reprodução)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 09h53.

Última atualização em 4 de agosto de 2020 às 11h38.

"Uma aplicação simples (de ozônio), rápida, de dois ou três minutinhos por dia, provavelmente via retal, num cateterzinho". O procedimento, segundo o prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), se repetido diariamente por 10 dias, ajuda "muitíssimo" doentes por covid-19.

Em live transmitida pelo Facebook na noite desta terça-feira, o mandatário, que é médico, disse que a secretaria municipal de saúde de itajaí está inscrita no Conselho Nacional de Pesquisa e Ética, para que monte um grupo de estudo sobre o uso de ozônio contra o coronavírus, podendo assim ter um ambulatório específico para disponibilizar o tratamento aos interessados.

"Além da ivermectina, da azitromicina, além da cânfora, nós vamos fornecer o ozônio", diz Morastoni no vídeo. Vale ressaltar que não existe comprovação médica para a eficácia desses medicamentos contra o vírus.

A prefeitura tem distribuído ivermectina, usada para atacar infestações por parasitas, como piolhos e sarna, como forma de a população se prevenir contra o vírus. Ao todo, já foram distribuídos 1.584.455 comprimidos do medicamento à população, segundo a prefeitura.

A medida fez com que a prefeitura da cidade fosse intimada pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) a dar explicações em 30 dias sobre a distribuição em massa do medicamento. O juiz pede que as bases científicas que embasam a política sejam esclarecidas.

 

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