Presídio de Tremembé: prefeita de Ribeirão Preto teria sido beneficiada com R$ 7 milhões em esquema (MARIO RODRIGUES /VEJA SÃO PAULO/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 10h30.
Última atualização em 7 de dezembro de 2016 às 16h43.
São Paulo - A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), presa na Operação Mamãe Noel, foi levada para a Penitenciária feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, na noite desta terça-feira, 6.
Dárcy Vera foi capturada em ação da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco) na sexta-feira, 2.
O Ministério Público de São Paulo revelou três esquemas na Prefeitura de Ribeirão Preto: indicação de terceirizados em troca de apoio político, fraudes licitatórias no DAERP e conluio para prática de peculato e corrupção com advogados e o Sindicato dos Servidores Municipais.
O esquema envolvendo os advogados, a entidade e a Prefeitura teria desviado R$ 45 milhões. Dárcy Vera teria sido beneficiária de R$ 7 milhões.
Dárcy foi presa a pedido do Procurador-Geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio. Além da prisão preventiva, o Ministério Público também requereu a decretação da indisponibilidade dos bens da prefeita, o que foi também foi autorizado pelo desembargador Marcos Correa, da 6ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça, relator do caso. O Tribunal de Justiça de São Paulo é a instância responsável por julgar prefeitos.
Além da prefeita, foram presos na sexta Maria Zuely Librandi, Sandro Rovani e Marco Antônio Santos.
Planilhas e apontamentos de combinação para o pagamento de propinas foram encontrados na fase anterior da operação e, graças a um acordo de delação premiada de um dos envolvidos o esquema de falsificação de documentos para justificar a transferência dos honorário teria sido comprovado.