Brasil

Preço dos ovos de Páscoa sobe 10%, mas o bacalhau ficou mais barato

Média de aumento do preço do ovo de Páscoa não foi muito diferente entre as cidades pesquisadas; variação foi de 9,13%, em Salvador a 12,21%, em Brasília

Ao comprar um ovo de Páscoa, o consumidor está pagando 38% de impostos (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Ao comprar um ovo de Páscoa, o consumidor está pagando 38% de impostos (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 19h18.

Rio de Janeiro - Embora os preços dos ovos de chocolate estejam, em média, 10,63% mais altos este ano, em comparação a 2010, os produtos que tradicionalmente compõem o cardápio da Páscoa dão um alento ao bolso do consumidor, com redução de preço de até 33,99%, que é o caso da batata. A cesta de Páscoa caiu, em média, 3% em relação ao ano passado. A pesquisa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) em sete cidades brasileiras, entre março e abril.

O economista André Braz, responsável pela pesquisa, disse, em entrevista à Agência Brasil, que a média de aumento do preço do ovo de Páscoa não foi muito diferente entre as cidades pesquisadas. A variação foi de 9,13%, em Salvador a 12,21%, em Brasília. Todos os reajustes, entretanto, superaram a inflação média dos últimos 12 meses, findos em março, que se situa entre 6% e 6,1%, disse Braz.

O aumento do principal produto da Páscoa acentua a necessidade de o consumidor pesquisar preços, disse ele. “Vale a pena pesquisar porque, eventualmente, o preço pode entrar em promoção em algum local. É bom ficar de olho também no tamanho e na gramatura porque, embora a numeração possa ser parecida, as gramas podem variar de um produto para o outro”. Sugeriu, ainda, que vale a pena evitar produtos com temas específicos, que são mais caros, para economizar um pouco. “E, no geral, ter uma boa Páscoa”.

O alento para o consumidor vem do prato principal da Páscoa, destacou o economista. “Quando for escolhido o bacalhau, o consumidor ainda pode encontrar um produto mais barato do que no ano passado. Mas, se ele optar pelo pescado fresco, por exemplo, a economia não será tão grande porque, em relação ao ano passado, o pescado já subiu algo em torno de 12%. E se a gente colocar o ágio proveniente desse período de maior demanda, o consumidor pode pagar uma alta superior a esse patamar”.

Advertiu, porém, que o cambio tem beneficiado muito no caso do bacalhau. O produto importado caiu 6,12%, de acordo com a pesquisa da FGV. As maiores quedas de preço na cesta de Páscoa foram registradas na batata (-33,99%) e na cebola (-29,95%). O azeite de oliva mostrou redução de 6,78%. “O produto ficou mais barato. E o consumidor deve aproveitar o momento e usá-lo não só na Páscoa, mas no dia a dia, pelo menos enquanto os preços estiverem convidativos”, concluiu.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosPáscoaPreçosTrigo

Mais de Brasil

Após 99, Uber volta a oferecer serviço de mototáxi em SP

Após prever reforma ministerial até dia 21, Rui Costa diz que Lula ainda começará conversas

Fuvest antecipa divulgação da lista de aprovados na 1ª chamada do vestibular para esta quarta

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas