Brasil

Pré-candidato, Alckmin promete reformas no 1º ano de mandato

Além das alterações previdenciárias, Alckmin prometeu ainda propor ao Congresso as reformas tributária, política e do Estado

Geraldo Alckmin: governador sinalizou ainda com o que chamou de "agenda de competitividade" caso seja eleito em outubro (Adriano Machado/Reuters)

Geraldo Alckmin: governador sinalizou ainda com o que chamou de "agenda de competitividade" caso seja eleito em outubro (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 20 de março de 2018 às 17h36.

Última atualização em 20 de março de 2018 às 18h28.

Brasília - O PSDB formalizou nesta terça-feira a pré-candidatura à Presidência da República do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, após reunião da Executiva do partido, e o tucano prometeu que, se eleito, vai propor reformas ao Congresso, como a da Previdência, logo no primeiro ano de mandato.

"Tenho convicção que reforma precisa ser feita no primeiro ano de mandato", disse Alckmin a jornalistas após a reunião da Executiva tucana, acrescentando que pretende promover também as reformas tributária, política e do Estado.

"O Estado não deve ser empresário. Ele tem que ser um grande planejador, regulador e fiscalizador", defendeu.

O governador sinalizou ainda com o que chamou de "agenda de competitividade" caso seja eleito em outubro, assim como a criação de uma agência nacional de inteligência e alterações no cálculo do rendimento dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Alckmin consolidou-se como provável nome tucano para a disputa pelo Palácio do Planalto desde que assumiu o comando da legenda no final do ano passado.

Ele chegou a enfrentar a ameaça do prefeito de São Paulo, João Doria, que se movimentava em uma agenda nacional, e mais recentemente as pretensões do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que anunciou a intenção de enfrentar Alckmin em prévias.

Com a desistência de Virgílio de entrar nas prévias no início deste mês --mesmo com críticas duras a Alckmin e ao modelo de prévias montado pela legenda-- e a desidratação das ambições nacionais de Doria, Alckmin acabou sendo o único inscrito nas prévias nacionais, o que definiu o cenário.

Alianças

Os tucanos devem contar com o provável apoio do PSD do ministro da Ciência, Teconologia, Inovações e Comunicações e presidente licenciado da sigla, Gilberto Kassab, que deve compor a chapa como vice de Doria, que venceu prévias no fim de semana para disputar o governo estadual.

Nesta terça, Alckmin disse, sem citar legendas específicas, que tem conversado com alguns partidos e que algumas dessas negociações estão em estágio avançado.

"Nós temos vários partidos, uma conversa bastante adiantada, mas isso não será neste momento, vai ser mais à frente, mais próximo das convenções, e evidentemente com aqueles que não tiverem candidatos a presidente", disse.

Entre os que já anunciaram pré-candidaturas ao Planalto estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) --que lidera as pesquisas de intenção de voto--, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) --segundo colocado nos cenários em que Lula aparece na disputa e líder quando o nome do petista é retirado--, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), a ex-senadora Marina Silva (Rede), o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos (PSOL), a deputada estadual gaúcha Manuela D'Ávila (PCdoB), e o senador Alvaro Dias (Podemos-PR).

Entre outros nomes que podem se colocar na disputa estão os do presidente Michel Temer (MDB) e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, atualmente no PSD, mas que negocia uma mudança de partido para eventualmente lançar-se ao Palácio do Planalto.

De acordo com pesquisa Datafolha do final de janeiro, Alckmin aparece com 11 por cento das intenções de voto no cenário mais favorável ao tucano.

 

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Estado de São PauloGeraldo Alckminreformas

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022