Doria: "eu tinha convicção de que haveria a condenação. Foi uma goleada, golpe duríssimo no PT" (Wilson Dias/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 16h28.
São Paulo - Após comemorar nas redes sociais, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a comentar, nesta quinta-feira, 25, a condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
À imprensa, ele chamou a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região(TRF-4) de um "golpe praticamente fatal" no PT.
"Eu tinha convicção de que haveria a condenação. Foi uma goleada, golpe duríssimo no PT, praticamente um golpe fatal no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque a pena foi aumentada", declarou durante evento de aniversário de São Paulo no Vale do Anhangabaú, região central da cidade.
Doria chamou os responsáveis pela decisão de "três juízes independentes, que deram uma demonstração de grandeza e firmeza extraordinária para o País como um todo e, em especial, para o Judiciário".
Segundo ele, a decisão mostrou "que não é no grito que se pretende levar o Brasil e nem nas demonstrações de força e de intolerância: é na Justiça. É nisso que nós acreditamos, é nisso que se baseia a democracia brasileira".
O prefeito acredita ainda que "dificilmente" a decisão será diferente em outras instâncias do Judiciário. "Diante desse resultado é bem provável que Lula até o final deste ano, seja encarcerado e comece a pagar pelos seus crimes na cadeia, em Curitiba", completa.
Para Doria, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), possível candidato tucano à Presidência, deve angariar parte dos votos de Lula por ser uma alternativa de "centro", caso ele não possa se candidatar nas eleições presidenciais.
"O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sai ganhando diante dessa circunstância de fragilidade do ex-presidente Lula, aliás outras eventuais candidaturas fora do âmbito da esquerda também vão se beneficiar", declara.
Doria acha, porém, que Lula não vai desistir por enquanto. "Teimoso como é. Vai insistir. O PT não tem outro rumo. O PT hoje é uma seita com um dono, o Lula, não é um partido."