Praia da Tartaruga: o Inea informa que os testes apontam que a alteração na coloração da água deve ter sido causada pelo “revolvimento do leito marinho, ao ser acionado o motor do navio” (Fulviusbsas/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 15h22.
Rio de Janeiro - A análise feita na água coletada na Praia da Tartaruga, em Búzios, na Região dos Lagos, interditada na sexta-feira (21), constatou a presença de produtos químicos como ferro, cobre e zinco.
Porém, segundo a nota divulgada hoje (26), pelo vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente e Pesca, Carlos Alberto Muniz, não foi possível determinar a origem dos produtos.
Essa amostra foi coletada sexta-feira, após cerca de 60 banhistas apresentarem irritação nos olhos, nas vias aéreas e na pele.
De acordo com a prefeitura, a mancha na água, com 200 metros de comprimento e 40 metros de largura, aponta para um navio, e os produtos químicos encontrados são semelhantes aos usados em banheiros químicos dessas embarcações.
Foi descartada a possibilidade de vazamento de esgoto na praia.
A Praia da Tartaruga foi liberada para banho na manhã de hoje, e a prefeitura informa que vai continuar investigando para descobrir a origem da contaminação e acionar judicialmente os responsáveis pelo crime ambiental.
Segundo a Secretaria Estadual do Ambiente, a amostra de água coletada no sábado (22) “não contêm elementos que caracterizem despejo de esgoto ou floração de microalgas”, e "não foi conclusiva quanto à presença de substâncias que possam ter causado o mal-estar”.
Em nota, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que os testes feitos nas amostras de água, coletadas próximo e dentro da embarcação, apontam que a alteração na coloração da água deve ter sido causada pelo “revolvimento do leito marinho, ao ser acionado o motor do navio”.