Rubens Bueno: PPS questiona uso dos Correios pela campanha presidencial petista (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 16h14.
Brasília - O líder da bancada do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), encaminhou nesta quarta-feira, 1º, representação ao Ministério Público Federal (MPF) contra a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).
O partido, aliado da candidata Marina Silva (PSB), questiona o uso dos Correios pela campanha presidencial petista.
Na avaliação do deputado, há uma "campanha aberta" conduzida pela empresa em favor da atual presidente da República, o que caracterizaria crime de improbidade administrativa.
O parlamentar pede a abertura de investigação para as denúncias divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Em reunião de dirigentes dos Correios em Minas Gerais, o deputado estadual Durval Ângelo (PT) disse que Dilma só chegou a 40% das intenções de voto no segundo maior colégio eleitoral do País porque contou com o "dedo forte dos petistas dos Correios".
Em trecho gravado da reunião, realizada na última quinta-feira, Ângelo diz: "Se hoje nós temos a capilaridade da campanha do (Fernando) Pimentel (candidato do PT ao governo de Minas) e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios".
De acordo com Bueno, a denúncia evidencia que "houve má utilização de empresa pública por agentes do Estado para finalidades político-partidárias".
"Estamos diante de um aparato criado pelo PT que se utiliza e se beneficia de todas as empresas públicas deste País em proveito próprio, desrespeitando os princípios constitucionais", diz a representação.
Esta é a segunda representação protocolada pelo líder do PPS no MPF contra a candidata petista.
Na semana passada, Bueno representou Dilma com base na denúncia de que os Correios abriram uma "exceção" para entregar, sem chancela, quase 5 milhões de folders da campanha de Dilma no interior de São Paulo.
Ontem, a campanha do tucano Aécio Neves anunciou que pedirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a apuração de eventual abuso de poder político e econômico nas eleições por parte da campanha da adversária petista.