Brasil

PPS pede à PGR abertura de inquérito contra Wagner

Mensagens telefônicas do empresário com o atual ministro entre 2012 e 2014 estão sendo investigadas na operação Lava Jato


	Jaques Wagner: mensagens telefônicas do empresário com o atual ministro entre 2012 e 2014 estão sendo investigadas na operação Lava Jato
 (Denis Ribeiro)

Jaques Wagner: mensagens telefônicas do empresário com o atual ministro entre 2012 e 2014 estão sendo investigadas na operação Lava Jato (Denis Ribeiro)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 11h52.

Brasília - A liderança do PPS na Câmara dos Deputados pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) abertura de inquérito para investigar atuação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e do ex-presidente da empreiteira OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Leo Pinheiro, em meio a denúncias de irregularidades.

Mensagens telefônicas do empresário com o atual ministro entre 2012 e 2014 estão sendo investigadas na operação Lava Jato sob suspeita de que digam respeito, em parte, a doações para campanha do PT à Prefeitura de Salvador em 2012, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo na quinta-feira.

De acordo com o Estadão, o então governador da Bahia Wagner negociou apoio financeiro ao candidato petista à prefeitura da capital baiana na eleição municipal passada, Nelson Pellegrino, e depois Pinheiro solicitou a ajuda de Wagner para a liberação de recursos do governo federal para a OAS.

Na representação encaminhada na quinta-feira à PGR, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), argumenta que há, em tese, indícios de prática dos crimes de corrupção ativa e passiva.

"Importante considerar que não se está diante de mera especulação jornalística. A verossimilhança dos fatos apresentados, com grande riqueza de detalhes – inclusive a coincidência de datas entre a troca de mensagens e as eleições referidas certamente indicam a necessidade de que seja instaurado um inquérito para averiguar a veracidade das acusações", afirma o deputado na peça encaminhada à PGR.

As mensagens obtidas pelos investigadores da Lava Jato foram remetidas à Procuradoria-Geral da República devido à menção ao ministro, que tem foro privilegiado, segundo o jornal, mas até o momento não há inquérito aberto contra Wagner no Supremo Tribunal Federal (STF).

Leo Pinheiro já foi condenado a 16 anos de prisão pela Justiça no âmbito da Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção que envolve a Petrobras.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGovernadoresJaques WagnerPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas

Lula mantém Nísia na Saúde, mas cobra marca própria no ministério

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático