Temer: o PP e o PMDB, partido de Temer, pressionam o presidente a trocar Imbassahy (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de novembro de 2017 às 20h14.
Brasília - Maior partido do chamado Centrão, o PP ameaça boicotar o jantar que o presidente Michel Temer vai promover na noite desta quarta-feira, 22, com deputados para pedir apoio para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara.
O boicote, se confirmado, será um protesto contra a manutenção de Antônio Imbassahy (PSDB-BA) na Secretaria de Governo.
O PP e o PMDB, partido de Temer, pressionam o presidente a trocar Imbassahy. Os peemedebistas querem emplacar no cargo o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS).
A posse de Marun chegou a ser preparada para acontecer nesta quarta-feira junto com a do deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) no Ministério das Cidades. Temer, no entanto, decidiu manter Imbassahy por enquanto.
Segundo fontes envolvidas nas negociações para reforma ministerial, Temer decidiu manter Imbassahy pelo menos até o próximo dia 9 de dezembro, quando está marcada a convenção nacional do PSDB, partido do ministro. Temer tomou a decisão após apelo do senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado do PSDB.
O senador disse ao presidente que uma eventual saída de Imbassahy agora poderia influenciar o resultado da convenção e a posição dos tucanos na reforma da Previdência.
Temer comunicou a decisão de manter Imbassahy por enquanto diretamente Marun durante reunião no Palácio do Planalto minutos antes da posse de Baldy.
Além do peemedebista, participaram da reunião o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder do governo na Casa, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP).