O empresário Jorge Gerdau Johannpeter: "uma placa que vi e achei interessante diz que a Central do Brasil há 30 anos é igual", citou (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2014 às 19h27.
Porto Alegre - O empresário Jorge Gerdau Johannpetter criticou a insistência do Brasil em se aproximar do Mercosul, sugeriu que o próximo governo brasileiro tenha apenas seis ministérios a chegou a admitir que a população se rebele diante da falta de infraestrutura e da qualidade dos serviços do País, durante palestra para os participantes da 27ª edição do Fórum da Liberdade, nesta terça-feira, 7 em Porto Alegre. O evento é promovido anualmente pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE), entidade de jovens empresários de tendências liberais.
"Uma placa que vi e achei interessante diz que a Central do Brasil há 30 anos é igual", citou. "Tem que ter rebelião, gente", prosseguiu. "Quem tem esposa e uma filha e tem que enfiar dentro daquele trem, não dá para aceitar".
Ao longo dos 40 minutos da palestra, Gerdau insistiu na necessidade de o Brasil aumentar sua poupança, investir em infraestrutura e melhorar sua governança e produtividade para crescer mais dos que os índices próximos a 2% dos últimos anos. Também sugeriu metas ousadas, como dobrar o PIB per capita até 2030.
O empresário também revelou que, na conversa reservada que teve com o pré-candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, na segunda-feira, foi questionado sobre o número de ministérios que considera ideal para o Brasil.
"Eu disse que com seis dá", confidenciou. E citou cinco pastas, sem se referir a qual seria sexta, para a área social, área econômica, segurança, parte internacional e condução política.
Gerdau deu a entender, ainda, que preferiria ver o Brasil menos ligado aos países vizinhos e mais atento ao mercado global. "Enquanto os países do grupo do Pacífico têm crescimento de 5% a 6% ao ano, se aproximando do bloco norte-americano, que está se integrando com a Europa, nós ficamos brincando de Mercosul bolivariano", comparou. "Será que a Cristina Kirchner (presidente da Argentina) tem que dizer o que o Brasil tem que fazer? Não dá!", concluiu.