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Posso entrar para história por colocar fim à recessão, diz Temer

Em entrevista, o presidente afirmou que não está preocupado com sua popularidade

Temer: "no momento, eu sou candidato a passar para a história como alguém que pegou o País em uma recessão profunda" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: "no momento, eu sou candidato a passar para a história como alguém que pegou o País em uma recessão profunda" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 11h17.

Brasília / São Paulo - O presidente Michel Temer, mais uma vez, evitou ser direto ao responder à pergunta, em entrevista à Rádio Guaíba, sobre se será ou não candidato à Presidência, já que está empenhado na aprovação da reforma da Previdência e na divulgação dos "avanços" de seu governo.

Temer, no entanto, foi cauteloso em usar duas vezes expressões dizendo que, não é candidato, "no momento" e "por enquanto", sugerindo que a hipótese não está descartada.

"No momento, eu sou candidato a passar para a história como alguém que pegou o País em uma recessão profunda. Estamos saindo da recessão e nos últimos seis meses, apesar dos embates todos, estamos conseguindo fazer as reformas necessárias para o País, para fazer o País crescer. Não só crescer agora, mas continuar crescendo", respondeu o presidente ao ser questionado se os ganhos obtidos em seu governo não o habilitaria a disputar a reeleição.

Mais adiante, depois de fazer as considerações à rádio gaúcha sobre o que fez em sua administração, o presidente emendou: "Minha candidatura, por enquanto, é essa".

Temer disse ainda que não está preocupado com sua popularidade, ao salientar que uma vez ouviu de um empresário que ele deveria aproveitar sua baixa aceitação na população para fazer reformas impopulares e disse: "É isso que estou fazendo".

O presidente se queixou da pouca divulgação que se dá aos atos de seu governo, chegando a citar que, por exemplo, o lançamento para entrega de 650 mil casas em 2018 "saiu apenas em uma fitinha no jornal".

O presidente está despachando na manhã desta sexta-feira, 9, no Palácio do Planalto, mas, ainda hoje, irá para o Rio de Janeiro, com a família, onde passará o carnaval. Sobre a viagem, na entrevista, o presidente disse que aproveitará para descansar e que "descanso também é momento de meditação".

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