Policiais em Porto Alegre: Exército reforçou que homens de prontidão são apenas uma medida preventiva, para evitar surpresas (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 09h53.
Última atualização em 24 de janeiro de 2018 às 09h56.
Brasília - Cerca de 1.500 homens do Exército se encontram desde a noite de terça-feira de prontidão nos quartéis de Porto Alegre, para serem acionados, caso haja qualquer tipo de descontrole na segurança pública e se o governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (MDB), solicitar o emprego de tropas ao presidente Michel Temer.
Esta hipótese, no entanto, é considerada remota pela cúpula das Forças Armadas, que tem reiterado que a Brigada Militar de Porto Alegre está plenamente capacitada e tem todas as condições de controlar qualquer tipo de evento na capital gaúcha, onde diversas manifestações serão realizadas ao longo do dia por conta do julgamento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva no TRF-4.
Trata-se, portanto, de uma medida preventiva e a priori os soldados não irão para as ruas de Porto Alegre.
Mesmo com cerca de 1.500 homens de prontidão, caso haja necessidade, esse número pode ser facilmente ampliado com emprego de outros batalhões que ficam em Porto Alegre, inclusive da Polícia do Exército.
No entanto, o Exército reforça que trata-se apenas de medida preventiva, para evitar surpresas.
A atenção do Exército não se restringe a Porto Alegre, mas a outras cidades por conta da possibilidade de tumulto, embora as informações, até agora, sejam de que as manifestações serão pacíficas, com aglomerações mas sem violência.
Entre as cidades no radar de atenção estão São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, onde são esperadas manifestações de apoio e contrárias a Lula, consideradas normais.