Protestos contra a tarifa do transporte acontecem em Porto Alegre, em 17 de janeiro de 2013 (REUTERS/Gustavo Vara)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 20h26.
Porto Alegre - Centenas de manifestantes de organizações ligadas ao Bloco de Luta pelo Transporte Público protestaram contra o provável aumento da tarifa única do sistema de ônibus de Porto Alegre no início da noite desta quarta-feira, dia 2. O grupo se reuniu diante da prefeitura e repetiu atos das mobilizações que promove desde abril do ano passado, como queimar sacos cheios de lixo. Alguns ativistas usavam máscaras. Outros portavam bandeiras do PSOL, PSTU e PCB. A maioria cantava o refrão "se a passagem aumentar, Porto Alegre vai parar". Até às 19h30, não ocorreram incidentes.
A manifestação já estava marcada, mas se tornou uma reação à decisão do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), que aprovou reajuste de 5,66% para a tarifa durante o dia. Com isso, o custo de cada viagem pode passar dos atuais R$ 2,80 para R$ 2,95. Ao contrário dos anos anteriores, quando confirmava o aumento no mesmo dia, o prefeito José Fortunati (PDT)l, a quem cabe a decisão final, não estabeleceu data para definir o novo preço da passagem.
Mesmo que tenha adiado a confirmação, rejeição ou modificação do índice aprovado pelo Comtu, Fortunati tomou outra decisão que desagradou aos participantes de protestos e sancionou o projeto de lei da vereadora Mônica Leal (PP) que proíbe o uso de máscaras e de objetos que possam ser usados como armas nas manifestações.
Além da pressão feita pelo Bloco de Luta pelo Transporte Público nas ruas, o prefeito conviveu com uma série de contratempos pessoais nos últimos dias. Há duas semanas seu automóvel foi danificado quando estava estacionado diante do prédio onde mora. No domingo passado, vândalos jogaram um coquetel molotov na entrada do edifício. A polícia investiga o caso.