Manifestantes fazem barricada de fogo em Porto Alegre: a expectativa é que o serviço de limpeza urbana seja regularizado até o fim do dia, inclusive com a recolocação dos 80 contêineres que foram retirados das ruas preventivamente. (REUTERS/Gustavo Vara)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 14h22.
Brasília – Após mais uma noite de protesto em Porto Alegre, que começou de forma pacífica e terminou com registros de atos de vandalismo, a cúpula da segurança pública do governo do Rio Grande do Sul concede entrevista coletiva nesta tarde para fazer um balanço dos danos decorrentes da manifestação. De acordo com a prefeitura da capital gaúcha, o prejuízo aos cofres públicos com as depredações registradas durante as quatro manifestações desde a semana passada está em cerca de R$ 895 mil.
Na noite de ontem (24), grupos de manifestantes danificaram, em ruas do centro da cidade, placas de sinalização, sinais de trânsito e 28 contêineres, entre os quais 17 foram incendiados. Um telecentro comunitário, localizado na Secretaria Municipal da Juventude, que seria inaugurado nas próximas semanas, foi destruído e houve pichação em prédios privados e públicos do centro histórico da cidade.
A expectativa é que o serviço de limpeza urbana seja regularizado até o fim do dia, inclusive com a recolocação dos 80 contêineres que foram retirados das ruas preventivamente, antes do protesto.
Ontem, o prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), José Fortunati, veio a Brasília, onde participou de um encontro fechado para elaboração de uma lista de propostas apresentada à presidenta Dilma Rousseff. Participaram do encontro, organizado pela FNP, mais 11 prefeitos, sendo nove de capitais.
Em comunicado divulgado mais cedo, Fortunati defendeu propostas de contratação de médicos estrangeiros, aprovação do Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros e a incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre a gasolina e o álcool para constituição de um fundo que financie o transporte público coletivo.
Em resposta às manifestações que ocorrem no país há mais de uma semana e que tiveram origem na reivindicação do Movimento Passe Livre pela redução da tarifa de ônibus em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem que o governo vai disponibilizar mais R$50 bilhões para investimentos em obras de mobilidade urbana.