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Porta-voz: Bolsonaro não defende manifestações contra instituições

Presidente disse nesta terça-feira (21) que não irá em manifestações a seu favor e recomendou que seus ministros também não vão

Porta voz disse que Jair Bolsonaro avalia que não é adequado mesclar a sua posição com os atos programados (Fernando Frazão/Estadão Conteúdo)

Porta voz disse que Jair Bolsonaro avalia que não é adequado mesclar a sua posição com os atos programados (Fernando Frazão/Estadão Conteúdo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2019 às 21h39.

Brasília — O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta terça-feira, 21, que o presidente Jair Bolsonaro não endossa pautas que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), oriundas de grupos que participarão de atos pró-governo neste domingo, 26.

"O governo é democrático e entende a cooperação dos três Poderes para a elevação do nosso País", afirmou Rêgo Barros, dizendo também que não há participação do governo nos atos, e que eles não devem ser "contra grupos ou instituições". "Presidente gostaria de declarar que as manifestações têm sempre caráter livre e espontâneo, especialmente essa que estamos tratando, que deve ser pacífica, não sendo contra grupos ou instituições", disse.

O porta-voz confirmou que Bolsonaro não irá participar dos atos, e que o presidente orientou seus ministros para que também não estejam presentes nas manifestações de domingo. Apesar de afirmar que acredita ser fundamental a participação da sociedade em decisões políticas, o chefe do Executivo avalia que não é adequado mesclar a sua posição com os atos programados, comunicou Rêgo Barros. "Deixar claro o entendimento da importância, mas não quer colocar-se diretamente nesse contexto", explicou o porta-voz.

"Presidente defende liberdade de expressão, e acredita ser fundamental a participação da sociedade nas discussões e decisões políticas. Elas objetivam dar relevo aos projetos prioritários para a sociedade, dentre as quais a aprovação da nova Previdência, da lei anticrime e anticorrupção, a aprovação da medida provisória 870 (que reestruturou os ministérios), entre outras atividades", disse Rêgo Barros à imprensa.

Como mostrou o Estado, líderes ligados ao movimento evangélico e aos caminhoneiros endossam os atos em favor do presidente, mas evitam corroborar mensagens radicalizadas de grupos que pedem o fechamento do Congresso e do STF. O Clube Militar também fez uma convocação para os atos. O ato tem apoio de uma ala do PSL que inclui um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

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