Ouro (KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 4 de maio de 2023 às 10h13.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, confirmar a decisão que suspendeu a presunção de "boa-fé" no mercado do ouro. Esse mecanismo permitia que os compradores de material retirado dos garimpos apresentassem como garantia de procedência apenas a palavra do garimpeiro de que a extração foi feita em área legal.
No mês passado, o ministro Gilmar Mendes já havia suspendido esse mecanismo. Agora, os outros nove ministros da Corte votaram para confirmar a decisão. O julgamento ocorreu no plenário virtual, entre os dias 21 de abril e 2 de maio. A ação foi apresentada pelo PV.
De acordo com a decisão, fica suspensa um artigo da lei 12.844, de 2013, que determinava que autorizava que a procedência do ouro comercializado no Brasil fosse atestada pelo vendedor do metal.
O trecho da lei, agora suspenso, afirma que "presumem-se a legalidade do ouro adquirido e a boa-fé da pessoa jurídica adquirente quando as informações mencionadas neste artigo, prestadas pelo vendedor, estiverem devidamente arquivadas na sede da instituição legalmente autorizada a realizar a compra de ouro".
Os ministros também determinaram que o Poder Executivo deve apresentar, em 90 dias, um novo marco normativo para a fiscalização do comércio do ouro, além de medidas que "inviabilizem a aquisição de ouro extraído de áreas de proteção ambiental e de terras indígenas