Jair Bolsonaro: os dois líderes também discutiram a cooperação no combate à pandemia, incluindo materiais médicos (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de março de 2020 às 14h36.
Última atualização em 24 de março de 2020 às 14h37.
A ligação telefônica na manhã desta terça-feira, 24, entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da China, Xi Jinping, reafirmou a necessidade de estabilizar e ampliar a relação comercial entre os dois países, principalmente durante a crise do novo coronavírus.
A informação foi divulgada no Twitter pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Segundo o diplomata os dois líderes também discutiram a cooperação no combate à pandemia, incluindo materiais médicos.
"Ambos reiteraram o compromisso com a estabilização e ampliação da parceria comercial, com especial neste contexto desafiador, contribuindo responder ao impacto causado pela covid-19 à economia mundial e se empenhar para retomar o crescimento econômico e comercial no mundo", escreveu.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Só em 2019, o país asiático comprou US$ 65,4 bilhões em produtos brasileiros.
Já em queda nos casos de coronavírus, a China também tem oferecido apoio a outros países. Segundo o embaixador, os dois presidentes reforçaram a necessidade de aumentar a cooperação para combater a pandemia.
"Os dois presidentes reforçaram a necessidade de aumentar a cooperação no combate ao controle da pandemia covid-19, inclusive nos materiais médicos. Consideram que a única solução correta de vencer a pandemia com maior brevidade é a cooperação internacional", divulgou o embaixador chinês.
De acordo com Yan Wanming, Bolsonaro e Xi Jinping manifestaram a importância da cooperação do G-20 e apoiaram a proposta da Arábia Saudita de realizar uma videoconferência com os líderes dos países.
Segundo Yan Wanming, a conversa entre os dois líderes ocorreu em um "ambiente muito cordial e amistoso". Pouco antes, Bolsonaro já havia publicado que o contato reafirmou os "laços de amizade".
O telefonema ocorreu seis dias depois de uma crise diplomática causada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, que acusou a China de ter escondido informações sobre o início da pandemia do coronavírus.
"O presidente Xi Jinping manifestou a solidariedade ao governo e ao povo brasileiros, faz voto pelo sucesso brasileiro o quanto antes no combate à covid-19 sob liderança do presidente Jair Bolsonaro", publicou o embaixador chinês.