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Por saúde, Temer desiste de passar réveillon no Rio

Presidente ainda usa uma sonda na uretra por conta de uma cirurgia feita no dia 13 de dezembro

Presidente Michel Temer  (Mario Tama/Getty Images/Getty Images)

Presidente Michel Temer (Mario Tama/Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 20h21.

Brasília - Ainda com o uso de uma sonda na uretra por conta de uma cirurgia feita no dia 13 de dezembro, o presidente Michel Temer acatou a recomendação médica e avisou a auxiliares que desistiu de passar novamente a virada do ano na restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro. No ano passado, Temer e a família foram para o local passar o réveillon. Temer embarcaria no início da tarde desta quinta-feira, 28.

Oficialmente, o Planalto informa que a decisão do presidente aconteceu por conta da previsão de mau tempo e possibilidade de chuvas no local. Pessoas próximas ao presidente afirmam, no entanto, que ele acatou uma recomendação médica, já que o "local ermo, onde só se chega de barco" poderia ser arriscado. Além disso, o presidente tem relatado algum desconforto com o uso da sonda e a viagem poderia ampliar o desgaste.

Temer avisou a auxiliares que a princípio pretende permanecer em Brasília no Ano Novo, mas a possibilidade de ir para São Paulo - onde passou o feriado de Natal - não está descartada. O presidente provavelmente terá que ir a capital paulista no início do ano para a retirada da sonda e uma nova avaliação médica.

Na semana passada, em café com jornalistas, o presidente afirmou que passaria a virada "na praia".

Mudança na rotina

Nesta quinta, Temer preferiu despachar no Palácio do Jaburu e não foi ao Palácio do Planalto. No dia anterior, o presidente havia feito uma viagem para o Rio e na ocasião - segundo fontes - o deslocamento gerou "um cansaço natural para um paciente de 77 anos". Apesar de trabalhar "em casa", o presidente fez despachos normalmente e recebeu alguns ministros - como Torquato Jardim (Justiça) - ao longo do dia.

No último dia 13, Temer foi submetido a uma cirurgia de baixo risco para corrigir um "estreitamento uretral". Por conta da colocação da sonda e das três semanas previstas de recuperação o presidente adiou uma viagem que faria para a Ásia no início do ano.

Foi a terceira internação do presidente num intervalo de menos de 50 dias. Em outubro, Temer passou pelo procedimento de raspagem da uretra após sentir desconforto ao urinar. No fim de novembro, foi submetido a angioplastia de três artérias coronárias com implante de stent - um tubo minúsculo e expansível - colocado na artéria para melhorar o fluxo sanguíneo para o coração.

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