Rio: o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que não tinha mais condições de cuidar da área da segurança (Mario Tama/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 10h53.
Brasília - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) repetiu, em conversa com jornalistas, que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que não tinha mais condições de cuidar da área da segurança.
O deputado avaliou que a decisão de intervir no Estado é extrema e que certamente será muito bem planejada pelo governo federal. "Nós só temos uma opção: a decisão precisa dar certo", disse.
Para Maia, a população vai entender o decreto porque "não tem um ambiente no nosso Estado onde as pessoas têm segurança no seu direito de ir e vir" e que os fluminenses cobravam medidas.
"O governador entendeu que não tinha mais condições de coordenar isso e população carioca e fluminense vai apoiar a decisão", afirmou.
Maia disse que a ideia é votar o decreto entre segunda (19) e terça-feira, 20, direto no plenário da Câmara. Ele destacou que a medida não interfere no calendário de votação do projeto de privatização da Eletrobras, que ainda passará por comissão especial.
Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que a criação de um Ministério da Segurança Pública é uma ideia correta, mas que necessita previamente de aprovação de alguns projetos antes para que o governo federal tenha as condições de articular a política de segurança.
"O governo precisa ter as condições de ser articulador da política nacional de segurança. A ideia (do ministério) está certa, mas precisa desses projetos antes", afirmou.
Entre os projetos, citou Maia, está um que deve ser apresentado em breve pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que endurece as penas para tráfico de drogas e armas. A outra proposta é que estabelece um sistema integrado de segurança pública.