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Políticos brasileiros se dividem quanto à situação da Venezuela

Vinicius Poit (Novo), Kim Kataguiri (DEM) apoiam manifestações; na oposição, Paulo Pimenta (PT) e Jandira Feghali (PCdoB) condenam o que chamam de "golpe"

Um manifestante protege o rosto da fumaça de um ônibus queimando com a bandeira da Venezuela, próximo à base "La Carlota" em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters)

Um manifestante protege o rosto da fumaça de um ônibus queimando com a bandeira da Venezuela, próximo à base "La Carlota" em Caracas (Ueslei Marcelino/Reuters)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 30 de abril de 2019 às 14h51.

Última atualização em 30 de abril de 2019 às 15h08.

São Paulo - Parlamentares brasileiros estão divididos quanto à situação política da Venezuela. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) estão recorrendo às redes sociais para declarar apoio ao autoproclamado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó, enquanto parlamentares de oposição a Bolsonaro têm defendido a legitimidade de Nicolás Maduro. 

Desde a manhã desta terça-feira, 30, a Venezuela vive um conflito entre forças pró-Maduro e forças pró-Guaidó, que convocou a população a ir às ruas contra Maduro e disse ter apoio de parte dos militares do país.

"Chegou a hora do povo venezuelano se libertar das garras do tirano! Dou todo reconhecimento e legitimidade e apoio a Juan Guaidó", tuitou Vinicius Poit (Novo-SP).

Coronel Tadeu (PSL-SP) pediu orações pela Venezuela e disse que o Brasil se livrou de situação semelhante ao ter eleito Bolsonaro como presidente da República. 

Kim Kataguiri (DEM-SP) chamou de "horríveis" as imagens veiculadas a partir do país vizinho e classificou o confronto de "guerra civil", além de dizer que "a história vai se lembrar" de deputados brasileiros que exaltam Maduro.

Deputados de oposição apontam uma suposta interferência dos Estados Unidos na Venezuela como motivo para o conflito. Para Paulo Pimenta (PT-RS), "Guaidó partiu para o tudo ou nada porque tem na retaguarda os EUA e sabemos que Trump é capaz de qualquer coisa para se apossar das maiores reservas de petróleo do mundo". 

Jandira Feghali repudiou o que chamou de "tentativa de golpe na Venezuela com influência direta de forças estrangeiras" e Glauber Braga (PSOL-RJ) diz rechaçar "a tentativa de intervenção de Trump na Venezuela". 

O presidente Jair Bolsonaro já declarou apoio a Juan Guaidó e disse acompanhar "com bastante atenção" a situação do país vizinho.

Seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, viajou nesta manhã para a fronteira do Brasil com a Venezuela. 

Pelo Twitter, Eduardo disse esperar que "Maduro saia do poder seja lá como for".

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