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Policiais civis protestam no centro do Rio

O motivo é a divisão da categoria


	Carros da Polícia Civil do RJ: a adesão é pequena
 (Wikimedia Commons)

Carros da Polícia Civil do RJ: a adesão é pequena (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 14h57.

Rio - Policiais civis em greve ligados ao Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol) participam de manifestação no centro do Rio, mas a adesão é pequena: menos de vinte pessoas estão na frente do prédio da Chefia de Polícia Civil, na Rua da Relação. O motivo é a divisão da categoria.

Segundo o presidente do Sindicato de Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), Fernando Bandeira, 60% dos 11 mil policiais civis do Rio de Janeiro aderiram à greve. Porém, a adesão não é confirmada pela Chefe de Polícia Civil.

"Negociamos com o governo há dois anos, desde a greve geral de 2012, e não chegamos a nenhuma conclusão. Por isso resolvemos parar", disse Bandeira.

O Sindpol organiza outra manifestação, marcada para a tarde desta quarta-feira, 21, na Cidade da Polícia, no Jacarezinho (zona norte).

A orientação do comando de greve é que apenas registros de casos graves sejam feitos nas delegacias. Investigações e atendimento a casos de pequenos delitos devem ser suspensos.

Em nota distribuída na manhã desta quarta, a Chefia de Polícia Civil informou que "mantém diálogo aberto com os representantes da categoria e que as negociações estão em andamento".

A polícia informou que a cúpula da instituição está reunida desde o início da manhã, "monitorando o funcionamento de todas as delegacias do Estado, a fim de adotar as medidas necessárias para o bom atendimento à população".

As principais reivindicações da categoria são a incorporação de gratificação que varia de R$ 850 a R$ 1.500 mensais e redução da diferença salarial entre inspetores e delegados.

Os grevistas reivindicam 50% de reajuste para inspetores e outros funcionários de base. O Sinpol vai se reunir às 19 horas desta quarta-feira no Clube Municipal, na Tijuca (zona norte).

Nas delegacias da zona norte, o movimento era normal nesta manhã. Na 44ª DP (Inhaúma), a cabeleireira Dálira Nascimento, de 24 anos, registrou o assalto sofrido pela manhã.

"Eu estava no ponto de ônibus e dois caras de moto levaram minha bolsa e o telefone. O boletim de ocorrência é para bloquear o aparelho. Eu sabia da greve, mas resolvi arriscar", afirmou Dálira, atendida por volta das 10h.

A reportagem percorreu as delegacias 19ª (Tijuca), 21ª (Bonsucesso) , 23ª (Méier) e 24ª (Piedade). Na 21ª e 19ª, os policiais disseram que não estavam registrando ocorrências comuns, apenas casos graves e homicídios.

As duas delegacias estavam vazias. Segundo os policiais, as pessoas que souberam da greve desistiram de ir às delegacias para registrar queixas.

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