Brasil

Polícia vai apurar envolvimento de policiais em dossiê de Cabral

Conforme denúncia divulgada hoje (8), o ex-governador teria financiado a montagem de um dossiê contra o juiz Marcelo Bretas

Cabral: o ex-governador disse saber que a família de Bretas tem negócios com bijuterias (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Cabral: o ex-governador disse saber que a família de Bretas tem negócios com bijuterias (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 18h33.

A Chefia de Polícia Civil do Rio de Janeiro determinou à Corregedoria Interna (Coinpol) a instauração imediata de um procedimento administrativo para apurar o envolvimento de servidores policiais em suposto dossiê contra o juiz da 7ª Vara Criminal Federal, Marcelo Bretas, e sua mulher, que também é juíza, preparado a pedido do ex-governador Sérgio Cabral.

A orientação é para apurar se policiais civis realizaram consulta de informações constantes no Sistema de Inteligência do órgão, que seriam utilizadas no dossiê.

Em nota, a Chefia de Polícia Civil destacou que "tem o maior interesse de apurar com rigor e celeridade a responsabilidade por eventuais ilícitos administrativas e/ou criminais para que os servidores envolvidos sejam penalizados na forma da lei".

A Polícia Civil informou que está "totalmente à disposição da Polícia Federal e do Ministério Público Federal" para colaborar com as investigações referentes ao caso.

Conforme denúncia divulgada hoje (8) na imprensa, o ex-governador teria financiado a montagem de um dossiê contra o juiz que está a frente da Operação Lava Jato e seus desdobramentos no Rio de Janeiro. No dia 23 de outubro durante uma audiência com o magistrado, Cabral disse saber que a família de Bretas tem negócios com bijuterias e seria a empresa mais importante do ramo no estado.

A declaração foi interpretada pelo juiz e pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma tentativa de intimidação e um indício de que Cabral estaria recebendo informações indevidas dentro do presídio.

Por causa disso, o Ministério Público pediu a transferência de Cabral para um presídio federal, aceito pelo juiz, mas negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, após a defesa do ex-governador recorrer da medida.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaOperação Lava JatoPoliciaisPolíticos brasileirosRio de JaneiroSérgio Cabral

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil