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Polícia retorna passaporte de irlandeses investigados

A polícia entendeu que o diretor executivo Stephen Martin, o secretário-geral Dermot Henihan e o tesoureiro Kevin Kilty já contribuíram com as investigações


	Rio-2016: “Todas as evidências apontam para o Hickey. Ele era a base do esquema”, disse a fonte
 (Ricardo Moraes / Reuters)

Rio-2016: “Todas as evidências apontam para o Hickey. Ele era a base do esquema”, disse a fonte (Ricardo Moraes / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 21h51.

Rio de Janeiro - Os passaportes de três membros do Comitê Olímpico da Irlanda serão devolvidos depois terem sido apreendidos pela Justiça do Rio de Janeiro, a pedido da polícia, que investiga um esquema de venda ilegal de ingressos nos Jogos Olímpicos de 2016, informou à Reuters uma fonte da área de segurança nesta sexta-feira.

A polícia entendeu que o diretor executivo Stephen Martin, o secretário-geral Dermot Henihan e o tesoureiro Kevin Kilty já contribuíram com as investigações e podem ter os documentos devolvidos sem que haja prejuízo ao inquérito sobre o caso.

“Eles ajudaram; confirmaram muitas coisas e não vemos necessidade de mantê-los mais aqui”, declarou a fonte, sob condição de anonimato.

“Por enquanto não há elementos para indiciamento deles.” De posse dos passaportes, segundo a fonte, “os irlandeses podem deixar o Brasil e voltar para casa”.

No entanto, o então presidente do Comitê Olímpico Irlandês Patrick Hickey permanece preso no Rio.

A polícia alega que Hickey tem seu nome ligado ao esquema que envolve ainda a empresa de revenda oficial de ingressos da Irlanda, a PRO10 Sports Management, sediada em Dublin, e uma empresa de entretenimento esportivo, a THG Sports.

A acusação é de que a PRO10 repassava ingressos para a THG Sports, que os revendia ilegalmente a preços inflados. O diretor da THG Sports, Kevin Mallon, foi preso neste mês no Brasil.

De acordo com a polícia fluminense, um ingresso para a cerimônia de abertura chegou a ser negociado por 8 mil dólares, sendo que no Brasil o valor mais caro era de 4 mil reais.

“Todas as evidências apontam para o Hickey. Ele era a base do esquema”, disse a fonte. Procurado, o advogado do irlandês não retornou emails e telefonemas.

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