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Polícia retira famílias que ocupavam imóveis populares no RJ

A polícia expulsou 200 famílias de condomínio da periferia do Rio de Janeiro, ocupado ilegalmente no começo do mês

Famílias que ocuparam condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida, no Rio de Janeiro, desocupam os prédios (Tomaz Silva/ABr)

Famílias que ocuparam condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida, no Rio de Janeiro, desocupam os prédios (Tomaz Silva/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 13h52.

Rio de Janeiro - A polícia expulsou nesta quarta-feira cerca de 200 famílias de um condomínio popular construído na periferia do Rio de Janeiro que faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida, ocupado ilegalmente no começo deste mês.

Os invasores receberam a ordem de despejo, às 9h (de Brasília), e começaram a sair dos prédios, no bairro carioca de Guadalupe, carregando seus pertences e sem oferecer resistência.

A maioria levou seus pertences até a favela Gogó da Ema, contígua ao condomínio, com colchões e colchonetes sobre a cabeça, fogões e televisores nos ombros.

Um grupo de dezenas de ocupantes realizou um protesto em frente aos jornalistas em que se queixaram que as autoridades locais não levaram psicólogos nem assistentes sociais para dar atendimento.

"Quero saber das autoridades o que vai ser de nós. Não temos nenhum tipo de amparo", afirmou Davison Leandro, motorista de caminhão desempregado.

No dia da ocupação, 9 de novembro, homens armados com fuzis foram filmados na porta do condomínio em Guadalupe.

Os apartamentos já estavam terminados e estavam à espera de serem entregues, por sorteio, aos seus futuros proprietários.

A meta do governo com o programa Minha Casa Minha Vida é terminar este ano com 2,75 milhões de residências populares construídas, e começar em 2015 uma nova fase do programa com a entrega de outros três milhões.

Os movimentos sociais calculam que o déficit habitacional afeta cerca de cinco milhões de pessoas no Brasil.

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