Rio de Janeiro - A polícia indicou nesta quinta-feira cogitar "o fechamento temporário" do estádio do Grêmio, onde a popular "avalanche" da torcida deixou vários feridos quarta-feira à noite.

A grade de segurança, situada próxima ao campo, cedeu quando a torcida comemorava o gol marcado por Elano contra a LDU.

Sete pessoas ficaram feridas, cinco entre elas chegaram a ser hospitalizadas, mas já foram liberadas.

A partida, válida pela primeira fase da Copa Libertadores, foi paralisada por seis minutos.

"Nós poderemos fechar temporariamente" a Arena Grêmio, advertiu o comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Civil, Kleber Rodrigues Goulart, citado pela imprensa.

O incidente aconteceu aos 16 minutos do segundo tempo no setor do estádio destinado à Geral, atrás do gol gremista. A arquibancada de concreto e sem cadeiras permite os torcedores descerem em avalanche até a grade que separa o gramado nas comemorações de gol.

"A Brigada Militar sempre acreditou que este espaço deveria ser ocupado por cadeiras. Não podemos esperar acontecer uma tragédia que corrobore nossa opinião", acrescentou o comandante Goulart.

O Corpo de Bombeiros também irá pedir a proibição da avalanche em reunião com a secretaria de segurança de Porto Alegre ainda nesta quinta-feira.

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O incidente ocorre quatro dias após a tragédia da boate incendiada em Santa Maria (235 mortos), provocada por seguidos atos de negligência que provocaram questionamentos sobre a segurança no Brasil na perspectiva da Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016.

O estádio Arena Grêmio foi inaugurado no final de 2012. Ele não receberá nenhuma partida da Copa das Confederações em junho, nem da Copa do Mundo.

Antes do início da partida de quarta-feira, um jovem de 22 anos foi esfaqueado nos arredores do estádio durante uma briga entre torcedores.

Ele não corre risco de morte, mas continua hospitalizado, segundo o site GloboEsporte.