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Polícia interrompe "tribunal do crime" do PCC e prende 18 em Limeira

Policiais invadiram o local quando dois homens e duas mulheres eram "julgados" por infidelidade conjugal - comportamento que a facção não aceita

PCC: operação das polícias Civil e Militar interrompeu um "tribunal do crime" e prendeu 18 pessoas (Josemar Gonçalves/Reuters)

PCC: operação das polícias Civil e Militar interrompeu um "tribunal do crime" e prendeu 18 pessoas (Josemar Gonçalves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 10h05.

Sorocaba - Uma operação das polícias Civil e Militar interrompeu um "tribunal do crime" e prendeu 18 pessoas suspeitas de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), no fim da tarde desta segunda-feira, 27, em Limeira, interior de São Paulo. Os policiais invadiram o local quando dois homens e duas mulheres eram "julgados" por infidelidade conjugal - comportamento que a facção não aceita. O grupo estava numa casa anexa a um bar, na Rua Alecrim, no Jardim Planalto. Conforme a PM, os quatro "acusados" estavam sentados em cadeiras, no centro de um círculo formado pelos 14 "julgadores".

Os detidos, inclusive os quatro "réus", foram levados para a Delegacia de Investigações (DIG) e ainda eram ouvidos pela Polícia Civil no início da noite. Ainda segundo a PM, o julgamento tinha sido iniciado no domingo, 26, e as pessoas passaram a noite no local. Quando a polícia chegou, os suspeitos tentaram fugir, mas foram contidos. Com eles, foram apreendidos celulares e papéis com anotações referentes às normas de disciplina adotadas pela facção criminosa. Pelo menos quatro suspeitos tinham passagens pela polícia.

As duas mulheres eram acusadas de terem mantido relacionamento extraconjugal com os dois suspeitos. Os 14 "julgadores" foram indiciados pelos crimes de cárcere privado e associação criminosa. Apesar de serem as vítimas de cárcere privado, os quatro "réus" também foram indiciados por associação criminosa. Eles passaram por exames no Instituto Médico Legal (IML), mas não foram constatadas lesões. Os celulares apreendidos serão submetidos à perícia. A polícia não encontrou armas com os suspeitos, mas achou resquícios de que eles haviam usado drogas.

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