Martha Rocha: um carro emparelhou com o Toyotta Corolla blindado da deputada, quando ela ia para a missa com sua mãe (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 14 de janeiro de 2019 às 17h59.
Última atualização em 14 de janeiro de 2019 às 18h02.
A Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro já identificou um dos suspeitos de participar do ataque à deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ), cujo carro foi alvejado por criminosos, um deles com um fuzil, na manhã deste domingo (13), na Penha, zona norte da cidade. O nome do suspeito não foi revelado para não atrapalhar as investigações. A polícia também realizará hoje (14) uma perícia complementar no local para descobrir as circunstâncias do crime.
Para dar seguimento às apurações, equipes da DH investigam o suspeito, analisam imagens e estão em busca de outras câmeras de segurança que possam ajudar a confirmar a autoria do crime.
Ontem de manhã, um carro emparelhou com o Toyotta Corolla blindado da deputada, quando ela ia para a missa com sua mãe. Apesar da blindagem do automóvel, o motorista foi ferido na perna, atendido em um hospital e, em seguida, liberado.
A motivação do crime ainda não foi descoberta, mas o Disque Denúncia confirmou que a deputada Martha Rocha foi informada de três ameaças feitas a ela e recebidas por este canal em novembro do ano passado.
A deputada disse que foi comunicada pelo Disque Denúncia sobre possível um atentado por parte de milicianos contra autoridades. Na ocasião, todas os órgãos competentes foram acionados.
"Numa dessas notícias estavam especificando que haveria um atentado contra mim em razão de uma decisão de um segmento da milícia. Ponderei [com as autoridades] que não me cabia pedir escolta, o que me cabia era solicitar uma análise de risco, ou seja, que a Polícia Civil me dissesse se aquelas notícias são, ou não, verdadeiras", acrescentou Martha.
Em face desse histórico, o caso é analisado sob duas linhas de investigação: tentativa de roubo ao veículo blindado ou atentado pessoal.
Para Martha Rocha, o episódio merece atenção independentemente da motivação. "Mesmo que, ao final [da investigação], se entenda que foi uma tentativa de roubo, eu quero ser a voz das pessoas que moram naquela região, porque não é admissível que às 9h15 da manhã de domingo tenha um carro circulando com, no mínimo, dois elementos, um deles vestido de preto, com luvas e touca ninja preta, portando um fuzil, para proceder roubos naquela localidade", afirmou a deputada.
A delegada Martha Rocha foi a primeira mulher na história a chefiar a Polícia Civil do Rio de Janeiro.