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Polícia identifica 36 mortos em massacre em Manaus

A rebelião que resultou nas mortes foi atribuída a uma ação do grupo Família do Norte (FDN), ligado ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro

Massacre: "Dos 56 mortos, menos da metade tinha ligação com alguma facção ou organização criminosa", afirmou (Reuters/Reuters)

Massacre: "Dos 56 mortos, menos da metade tinha ligação com alguma facção ou organização criminosa", afirmou (Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 22h34.

Manaus - O Instituto Médico-Legal do Amazonas informou na noite desta terça-feira, 3, que 36 corpos das vítimas do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, foram identificados e nove estão liberados para retirada pela famílias.

A rebelião que resultou nas mortes foi atribuída a uma ação do grupo Família do Norte (FDN), ligado ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), com liderança em São Paulo.

Nesta terça-feira, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou, em entrevista à Rádio Estadão, que o massacre que deixou 56 mortos no Compaj não pode ser explicado simplesmente por uma guerra entre facções criminosas.

O ministro, porém, relativizou a guerra entre os grupos como causa do massacre.

"Isso tem uma questão muito mais profunda, que é a entrada de armas nas penitenciárias, em virtude da corrupção, e a possibilidade de presos perigosos ficarem submetendo, independentemente de facções, outros presos", disse o ministro.

"Dos 56 mortos, menos da metade tinha ligação com alguma facção ou organização criminosa", afirmou.

Ele também afirmou que não prevê retaliação do PCC ao massacre causado na madrugada de domingo, 1º, para segunda-feira, 2.

Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" desta terça-feira afirma que detentos ligados ao PCC estão recebendo ameaças de morte.

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