Policiais federais cumpriram hoje (21) 11 mandados judiciais contra suspeitos de fraudar a contratação de serviços para a Petrobras Química (Vagner Rosário/VEJA)
Agência Brasil
Publicado em 21 de junho de 2018 às 11h46.
Última atualização em 21 de junho de 2018 às 11h48.
Policiais federais cumpriram hoje (21) 11 mandados judiciais contra suspeitos de fraudar a contratação de serviços para a Petroquisa (Petrobras Química), favorecendo empresas do grupo Odebrecht.
Deflagrada nas primeiras horas da manhã, a Operação Greenwich é a 52ª fase da Operação Lava Jato, que apura os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro desviado dos cofres da Petrobras. Em sua fase atual, a força-tarefa da Lava Jato está apurando a suspeita de crimes praticados contra as subsidiárias da estatal petrolífera, alvo, segundo o MPF, do desvio de bilhões de reais.
Os nove mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva foram cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e Timbaúba (PE). O alvo do mandado de prisão temporária informou que vai se apresentar à PF em São Paulo. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
Os detidos serão escoltados à superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ficarão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal.
De acordo com a PF, os indícios já reunidos pelos investigadores demonstram que a Odebrecht era favorecida na obtenção de contratos de prestação de serviços às subsidiárias da Petrobras. Em troca, seus executivos favoreciam os funcionários da estatal envolvidos no esquema.
Ainda segundo a PF, os processos de contratação eram direcionados pelos funcionários das subsidiárias da Petrobras responsáveis pela seleção das prestadoras de serviço. Eles estabeleciam parâmetros que só as empresas participantes do esquema podiam atender.