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Polícia do Rio prende 38 acusados de fraudar Detran

Segundo as investigações, o carro sequer era levado a um posto do órgão para ser vistoriado


	Prisão: dos 41 mandados de prisão expedidos pela Justiça, 38 foram cumpridos pelos policiais
 (Giuseppe Cacace/AFP)

Prisão: dos 41 mandados de prisão expedidos pela Justiça, 38 foram cumpridos pelos policiais (Giuseppe Cacace/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 15h36.

Rio de Janeiro – A Polícia Civil prendeu hoje (24) 38 pessoas acusadas de envolvimento em vistorias ilegais de licenciamento anual, transferências de propriedade de veículos e emissão de documentos do Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran). Entre os presos estão funcionários, ex-funcionários, despachantes e zangões (despachantes não registrados) . Segundo as investigações, o carro sequer era levado a um posto do órgão para ser vistoriado.

Desencadeada pela Corregedoria do Detran e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ), a Operação Asfalto Sujo durou toda manhã de hoje (25) e contou com 200 agentes civis.

Dos 41 mandados de prisão expedidos pela Justiça, 38 foram cumpridos pelos policiais. Ao todo, foram cumpridos 67 mandados de busca e apreensão nos municípios investigados.

Segundo a denúncia, a quadrilha atuava, há pelo menos três anos, em municípios da Baixada Fluminense, na região metropolitana e no interior do estado. A princípio, as investigações tinham como alvo apenas a cidade de Itaboraí, na região metropolitana. No entanto, no decorrer da investigação, iniciada há seis meses, foi constatado o envolvimento de funcionários dos postos de São Gonçalo (região metropolitana), Magé (Baixada Fluminense) e de Campos dos Goytacazes, no norte do estado.

De acordo com as investigações, os acusados chegaram a ganhar cerca de R$ 200 mil por mês com as fraudes. Além dos 41 denunciados, outros dez acusados vão responder por crimes isolados de corrupção, destruição de documento público e inserção de dados falsos no sistema do Detran, somando 53 delitos. O exercício da função pública de 47 funcionários e despachantes registrados no órgão será suspensa, a pedido do Ministério Público.

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