Brasil

Polícia dispersa manifestantes que protestam na Câmara

Tropa de Choque dispersou com o uso de bombas de gás lacrimogêneo manifestantes que retornaram às escadarias da Câmara Municipal do Rio

Manifestante joga pedra em policiais na frente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante a greve dos professores (Pilar Olivares/Reuters)

Manifestante joga pedra em policiais na frente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante a greve dos professores (Pilar Olivares/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 23h25.

Rio de Janeiro - A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) dispersou por volta das 22h, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo, os manifestantes que retornaram às escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, após a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos professores da rede municipal de ensino. A manifestação era formada por professores municipais e membros do grupo Black Bloc

Os manifestantes saíram correndo pela Avenida Rio Branco e entraram na Rua México, onde voltaram a praticar atos de vandalismo, depredando os vidros de agências bancárias, de pontos de ônibus e jogaram caixas de coleta de lixo, feitas de material plástico, altamente inflamável, no meio da pista, e atearam fogo.

Os manifestantes atiraram pedras portuguesas retiradas da calçada contra fachadas de prédios públicos e comerciais destruindo as vidraças da porta de entrada dos edifícios. Postes de sinalização de trânsito também foram arrancados pelos manifestantes em vários pontos da região central da cidade.

A PM voltou a usar muitas bombas de efeito moral e uma nuvem de fumaça tomou conta da Avenida Rio Branco e das ruas tranversais. O protesto teve vários integrantes do grupo Black Bloc usando máscaras e panos para cobrir o rosto.

Devido ao clima de guerra no centro da cidade, muitas pessoas preferiram aguardar nos seus locais de trabalho que a situação voltasse ao normal para retornar para casa. Mesmo assim - mais cedo - por volta das 19h30, quando a situação se acalmou, trabalhadores deixaram prédios comerciais da Avenida Rio Branco e Avenida 13 de Maio e acabaram sofrendo com as ações da Tropa de Choque da PM no momento em que os confrontos recomeçaram.

Apesar da Polícia Militar usar muitas bombas de efeito moral, os manifestantes que se dispersam pelas ruas transversais à Avenida Rio tentam retornar à Praça Floriano, em frente à Câmara Municipal. Uma barreira foi feita pela polícia no final da Avenida Rio Branco para evitar a aproximação dos manifestantes às escadarias do Palácio Pedro Ernesto.

O trânsito na pista lateral da Avenida Presidente Vargas está liberado ao tráfego até a altura da Avenida Passos, onde os motoristas são obrigados a seguir até a Praça Tiradentes e de lá chegar ao terminal de ônibus da Praça XV.

De acordo com a Polícia Militar, pelos menos 20 pessoas foram presas durante a manifestação e levadas para a 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão), na zona norte da cidade. Entre os detidos há cinco menores e um homem de nacionalidade alemã, que cuspiu no rosto de um policial da Tropa de Choque e acabou preso.

Acompanhe tudo sobre:GrevesPolítica no BrasilProtestosProtestos no BrasilViolência policial

Mais de Brasil

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final

Aliança Global contra a Fome tem adesão de 41 países, diz ministro de Desenvolvimento Social

Polícia argentina prende brasileiro condenado por atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado