Manifestantes que estão reunidos em frente à rua onde mora o governador do Rio, Sérgio Cabral, protestam com cartazes e dizeres contra a corrupção e pedindo investigação sobre escândalos políticos (Fernando Frazão/ABr)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 23h59.
Rio de Janeiro - A polícia precisou usar gás lacrimogêneo para dispersar um grupo de manifestantes que se concentrava em frente à residência do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Gritando palavras de ordem em relação ao gasto público com a visita do papa Francisco, que chegará à cidade na próxima segunda-feira, e exigindo a renúncia de Cabral, aproximadamente 200 pessoas se deslocaram até o bairro do Leblon, onde fica a residência do governador.
"Do papa eu abro mão, quero meu dinheiro para saúde e educação", gritavam os manifestantes, um canto similar aos registrados nos protestos realizados contra a Fifa, o desperdício de dinheiro público e a realização da Copa do Mundo de 2014 durante a realização da Copa das Confederações.
No protesto desta noite, um grupo ateou fogo em um boneco que representava Cabral na esquina da Rua Arístides Espínola, onde o governador reside, com a Avenida Delfim Moreira, a via que acompanha a orla das praias de Ipanema e Leblon.
O protesto causou o fechamento do trânsito na avenida citada e causou um grande congestionamento na região.
Nas últimas semanas, a residência de Cabral, localizada no bairro Leblon, um dos mais luxuosos do Rio, foi o principal alvo dos protestos na cidade.
Os manifestantes criticam o governador pela violência da polícia na repressão dos protestos e também o acusam por supostos indícios de corrupção.